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Sábado (09/12) - Confira a programação completa

Neste sábado (10/12), começamos nosso dia de atividades com a super masterclass de Takumã Kuikuro “Experiência em produção e cultura cinematográfica no Xingu”, em que conheceremos mais sobre a história de como começou o cinema no Alto Xingu, a partir da documentação da cultura tradicional. Na sequência, teremos uma oficina com Kate Baxter. 

 

A partir das 14h, continuamos com nossa programação de exibições com os filmes da Mostra Competitiva. Confira mais informações sobre os filmes abaixo. Além disso, seguimos com nossa feira de artesanato indígena e teremos a exibição do filme em realidade virtual “Amazônia Viva”, de Estevão Ciavatta com a cacica Raquel Tupinambá.

Todas as atividades ocorrem no Cine Brasília e as atividades formativas também serão transmitidas pelo canal do Youtube da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib).

 

Aos que não puderem comparecer, os 20 filmes da Mostra Paralela já estão disponíveis de forma online pela plataforma InnSaei.tv até dia 11/12 e os 10 filmes da Mostra Competitiva estarão disponíveis até hoje (10/12). Acesse: play.innsaei.tv.

 

Confira a programação do dia: 

10h – “Masterclass” – Experiência em produção e cultura cinematográfica no Xingu”

 

Masterclass com o cineasta Takumã Kuikuro, idealizador do FeCCI. 

 

Na masterclass, Takumã Kuikuro vai abordar como surgiu o cinema no Alto Xingu e na comunidade Kuikuro, a partir da necessidade de documentação de suas culturas tradicionais. Após o projeto de documentação, o povo Kuikuro criou o Coletivo Kuikuro de Cinema e realizou diversos filmes. 


Mediação: Kiki Kaiowá, realizador da ASCURI. 

 

11h – Oficina com Kate Baxter


 A produtora britânica e fundadora da Five Fifty Five vai discutir o tema “Ativismo no Entretenimento”, incluindo uma mesa de leitura do Episódio 1 do projeto da Árvore da Guerra Mundial. A proposta da série é que a partir da abordagem da comédia enquanto linguagem, questões emergentes e importantes das comunidades indígenas posssam ser debatidas. No workshop, Kate coloca em debate as ideias e propostas da série para serem discutidas com realizadores e cineastas.


14h às 22h – Filme VR Amazônia Viva

 

Amazônia Viva: uma experiência imersiva na maior floresta tropical do mundo, guiada pela cacica Raquel Tupinambá

 

Unir, integrar pessoas comuns e de diversos lugares do mundo aos povos indígenas, comunidades locais, ambientalistas, gestores públicos e cientistas pela restauração e conservação da maior floresta tropical do mundo é uma das estratégias inovadoras e propostas em “Amazônia Viva”, novo filme de Estevão Ciavatta. 

Com nove minutos de duração, “Amazônia Viva” é uma experiência imersiva pela região do Rio Tapajós, que utiliza filmagens em 360º para desvendar um dos lugares mais importantes do planeta e, assim, aproximá-la cada vez mais das pessoas. 

 

A cacica Raquel Tupinambá – da comunidade de Surucuá, onde também é importante liderança indígena – faz as honras da casa e guia o espectador durante a viagem virtual totalmente interativa por um dos biomas mais importantes, bonitos e, infelizmente, ameaçados pela ação do homem. Durante o trajeto, o público terá a sensação de estar fisicamente na região; sentirá toda a energia ao ver as belezas e também ouvir os sons da floresta – o nascer do sol, o cantar dos pássaros, o balançar das folhas, o movimento das águas do rio – e desfrutará realmente de todas as sensações que uma experiência 3D pode proporcionar. A direção e o roteiro são de Estevão Ciavatta, produção da Pindorama Filmes e financiamento do Instituto Clima e Sociedade (iCS). 

 

O filme estará no Festival de Cinema e Cultura Indígena no foyer do Cine Brasília, com horários das 14h às 22h.  Classificação livre e indicada para crianças e adultos. 

 

As exibições acontecem nos dias 09/12, 10/12 e 11/12.

 

14h – Mostra Convidados

 

Jururã, o Espírito da Floresta, de Armando Lacerda 

 

Brasil, 2010, documentário, 80 min. Classificação: 10 anos

 

A luta dos indígenas Xavante contra o extermínio e a expulsão de suas terras no interior do Brasil conduz o cacique e líder Mário Juruna à política. Chegando ao Parlamento, o único representante indígena no Congresso Brasileiro enfrenta, com os guerreiros da sua geração, a agressiva política de expansão agrícola do governo brasileiro. Seus parentes, filhos, tios e amigos de outros povos indígenas reconstituem pela memória oral a sua história, desde a expulsão de seu território nos anos 40 até a reintegração das terras ancestrais e a restauração de sua cultura. O filme sobre o cacique Mário Juruna e protagonizado por seu filho, Diogo Amhó, ganhou o prêmio Margarida de Prata, dado pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) a obras com “valores humanos, éticos e espirituais”.

 

16h – Mostra Competitiva 

 

Ga vî: a voz do barro, de COMIN-FLD, Coletivo Nẽn Ga e Tela Indígena

 

2021, animação, 11 min, Classificação Livre 

 

Animação criada através das memórias narradas por Gilda Wankyly Kuita e Iracema Gãh Té Nascimento, com imagens e sons captados na Terra Indígena Kaingang Apucaraninha (PR) durante o encontro de mulheres “Ga vī: a voz do barro, conversando com a terra”, em 2021.

 

Xixiá – Mestre dos Cânticos Fulni-ô, de Hugo Fulni-ô

 

2022, documentário, 20 min, Classificação Livre 

 

De um sonho nos anos 1970, nascem as cafurnas do povo Fulni-ô, cânticos na língua Yaathe criadas e cantadas pelo mestre Xixiá, Abdon dos Santos, ancião considerado um verdadeiro patrimônio vivo do povo indígena Fulni-ô.

 

Somos Raízes, de Edivan Guajajara 

 

2022, documentário, 14 min, Classificação Livre

 

 O filme trata da história dos indígenas Guajajara – memórias, que recolhe, a histórias dos antepassados e as lutas dos que já se ancestralizaram.

 

17h40 – Debate com Realizadoras/es          

                             

Participação de Typju Myky, André Tupxi Lopes, Gilda Wynakyly, Naila Hojaij e Ronilson Guajajara.

Mediação: Gilmar Kiripuku Galache, realizador da ASCURI. 


Typju Myky

 

Typju Mỹky tem 25 anos, se formou no ensino médio técnico agroecológico e mora na aldeia indígena Japuíra, no município de Brasnorte, Mato Grosso. Typju trabalha com a produção de documentários desde 2016. 

 

Gilda Wankyly Kuita – (Kaingang, PR)

 

Gilda Kuitá formou-se na primeira turma de professores bilíngues (Kaingang e Português) da região Sul da década de 70. Atuou durante 40 anos como professora indígena em territórios no Paraná e Santa Catarina. Atualmente, professora aposentada, é uma das mentoras do coletivo de juventude indígena Nen Ga.

 

André Tupxi Lopes

 

Antropólogo, documentarista e formador de realizadores indígenas. Um dos criadores do coletivo Ijã Mytyli de cinema Manoki e Myky. 

 

Naila Hojaij 

Produtora do coletivo Fulni-ô de Cinema. 

 

Ronilson Guajajara

Fotógrafo e cineasta, colaborador do Mídia Índia, cobre a TI Araribóia, no Maranhão. 

 

20h – Mostra Competitiva 

 

Amary Otomo Ogopitsa: o Resgate da Memória Amary, de Kamukaiaka Lappa Ywalapiti 

 

Brasil, 2022, documentário, 35 min. Classificação Livre 

 

Este filme almeja resgatar a história da etnia Amary. Este foi um povo extinto há mais de um século no Alto Xingu. Atualmente, descendentes diretos deste povo estão resgatando sua identidade e pretendem recuperar sua história.

 

Um Só Ser, O Grande Encontro, de Arthur Ribeiro (Tsãka to.o)

 

Brasil, 2022, documentário, 80 min. Classificação: acima de 14 anos. 

 

O Terapeuta Daniel Henrique Lopes após 12 anos estudando o autoconhecimento, decidiu se aprofundar em si mesmo e buscar respostas para sua existência. Foi quando conheceu as medicinas sagradas e ouviu um chamado interior após consagrar a Ayahuasca. Essa busca o levou para o coração do Acre na floresta Amazônica nas aldeias da etnia Noke Koi (Katukina). Onde viveu por dias aprendendo a cultura indígena e compreendo o seu chamado, sua missão de vida.

 

22h – Debate com Realizadores  

        

Participação dos realizadores Kamukaiaka Lappa Ywalapiti e Arthur Ribeiro (Tsãka to.o)      

                  

Mediação:  Kiki Kaiowá, realizador da ASCURI. 

 

Lappa Ywalapiti  é indígena filho de Yawalapiti e Kamayurá. Neto de Kuikuro e Amary. Em suas palavras: “Meu pai e meu irmão mais velho não sabem muito da história dos Amary, mas eles sabem um pouco que eles ouviram dos mais antigos. A história conta que os Kamayurá ficaram sem cacique, e resolveram comprar um de um povo vizinho, os Amary. Assim sendo, por troca de penas de arara-vermelha, o cacique Amary foi liderar o povo Kamayurá. Desse chefe antigo que aparece como o nome de Kutamapu, seguiu uma linhagem que casou com a nobreza Kamayurá até culminar no meu pai e nos irmãos dele. O povo Kamayurá é de língua tupi, enquanto o povo Amary era de língua carib. Assim, alguns anciões ainda lembram das histórias desse povo. Como uma narrativa oral pode ter várias versões, os anciões Kalapalo narraram de acordo com as suas lembranças.”

 

Arthur Ribeiro (Tsãka to.o) é graduado em Artes Visuais e atua com audiovisual e produção cultural. Trabalha há 11 anos em sua produtora Caixa Mágica Filmes, de Londrina (PR).