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Jururã – O Espírito da Floresta

Sinopse:

A luta dos indígenas Xavante contra o extermínio e a expulsão de suas terras no interior do Brasil conduz o cacique e líder Mário Juruna à política. Chegando ao Parlamento, o único representante indígena no Congresso Brasileiro enfrenta, com os guerreiros da sua geração, a agressiva política de expansão agrícola do governo brasileiro. Seus parentes, filhos, tios e amigos de outros povos indígenas reconstituem pela memória oral a sua história, desde a expulsão de seu território nos anos 40 até a reintegração das terras ancestrais e a restauração de sua cultura. O filme “Juruna, o Espírito da Floresta”, sobre o cacique Mário Juruna e protagonizado por seu filho, Diogo Amhó, ganhou o prêmio Margarida de Prata, dado pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) a obras com “valores humanos, éticos e espirituais”.
divulgação

Direção de: Armando Lacerda

Natural do Rio de Janeiro, Armando Lacerda, ingressou na Universidade de Brasília em 1971, onde se graduou em Comunicação – Jornalismo, Cinema e Televisão. Dirigiu e produziu filmes de curta e longa-metragem. Juruna, o Espírito da Floresta, recebeu o prêmio Margarida de Prata da CNBB (2008) e o de melhor documentário internacional do Festival de Viña Del Mar, no Chile, em 2010. Realizou ainda O Futuro e Eu – Tributo a Vladimir Maiakovski e Oscar Niemeyer (1998); Taguatinga em Pé de Guerra (1982) e Janela Para os Pirineus (1996), ambos premiados pelo Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Foi produtor de O Evangelho Segundo Teotônio (1984), dirigido por Vladimir Carvalho, e diretor de produção de Céu Aberto (1985), dirigido por João Batista de Andrade. Entre 1996 a 2003, foi diretor da TV Câmara.

Duração: 80 min

Febre da Mata

Sinopse:

O pajé e sua família saem para pescar. Durante a pesca uma onça se aproxima e começa a esturrar assustada em busca de ajuda. Seu grito é um alerta. O pajé retorna imediatamente para a aldeia e alerta seu povo do perigo que se aproxima. Ele busca força espiritual na pajelança à medida que sua preocupação cresce. O fogo invade a floresta os animais fogem em busca de abrigo mas muitos não resistem e morrem.

Direção de: Takumã Kuikuro

É cineasta, membro da aldeia indígena Kuikuro, e atualmente vive na aldeia Ipatse, no Parque Indígena do Xingu. Dirigiu o documentário As Hiper Mulheres (2011), junto a Leonardo Sette e Carlos Fausto. Teve filmes premiados em festivais como os de Gramado e de Brasília, e no Festival International Présence Autochtone (Festival Internacional Presença Indígena) da organização Terres en Vues, em Montreal. Em 2017, recebeu o prêmio honorário "Bolsista da Queen Mary University London". E foi, em 2019, o primeiro jurado indígena do Festival de Cinema Brasileiro de Brasília.

Duração: 8 min

Tuã Ingugu (Olhos d’Água)

Sinopse:

Na cosmogonia dos Kalapalo, etnia que vive no Parque Indígena do Xingu, a água é tão antiga quanto os humanos e é a fonte da vida. É dali que vem todo o sustento dos originários, seu alimento, sua bebida, seu banho, sua alegria. A ideia de usar a água como lixeira, de envenenar a água, é uma distopia. Em Tuã Ingugu (Olhos D’Água) o cacique Faremá – da aldeia Caramujo, nas margens do rio Kuluene – nos conta sobre o nascimento da água e nos adverte sobre as consequências de desrespeitá-la.

Direção de: Daniela Thomas

Daniela Thomas nasceu no Brasil em 1959, e trabalha e vive em São Paulo. Em 2016, Thomas foi responsável pela direção artística da Cerimônia de Abertura das Olimpíadas do Rio. Seu primeiro filme solo foi "Vazante", um drama histórico sobre a escravidão no Brasil em 1820. O filme estreou na 67° edição do Festival Internacional de Cinema de Berlim. Seu último filme, "O Banquete", foi filmado em 2018.

Duração: 11 min

Segredos do Putumayo

Sinopse:

Em 1910, o cônsul britânico no Rio de Janeiro, Roger Casement, é incumbido por Londres para investigar os crimes cometidos contra os indígenas do Putumayo pela Peruvian Amazon Company. Baseado no seu potente diário, o filme traça o quadro angustiante descoberto por Casement: uma sistemática industrial-extrativista com matanças e trabalho escravo na selva amazônica – um verdadeiro inferno verde.
Aurélio Michiles

Direção de: Aurélio Michiles

Aurélio Michiles nasceu em Manaus. Cursou o Instituto de Artes e Arquitetura-UnB (1970/73). Em 1974 no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – MAM, cursa montagem de cinema com Gilberto Santeiro. Na Escola de Artes Visuais Parque Lage (77/78), cursa Artes Cênicas (Hélio Eichbauer, Rubens Gerchman, Ligia Pape). A partir dos anos 80, atua na área de televisão cinema e televisão. Trabalhou na TV Globo, TV Bandeirantes e SBT. Dirigiu diversos documentários para a TV Cultura. Foi consagrado pelo longa-metragem “O Cineasta da Selva”, que recebeu diversos prêmios nacionais e internacionais.

Duração: 83 min

O Território

Sinopse:

“O Território” fornece um olhar imersivo sobre a luta incansável do povo indígena Uru-eu-wau-wau contra o desmatamento trazido por posseiros, grileiros, garimpeiros e outros invasores de terras na Amazônia brasileira. Com uma cinematografia inspiradora e um design de som ricamente texturizado, o filme leva os espectadores para dentro da comunidade Uru-eu-wau-wau e oferece acesso sem precedentes às queimadas e desmatamentos ilegais causados pelos invasores em terras protegidas da Amazônia. Parcialmente filmado e co-produzido pelo povo Uru-eu-wau-wau, “O Território” se baseia em imagens verídicas capturadas ao longo de três anos, enquanto a comunidade arrisca sua vida para montar sua própria equipe de mídia na esperança de buscar justiça. Classificação indicativa 12 anos, contém violência, drogas lícitas.

Direção de: Alex Pritz

Duração: 73 min

Mensageiras da Amazônia

Sinopse:

Do alto, a pequena aldeia quase se perde em meio à floresta Amazônica. Mas é ali, em uma cabana na Terra Indígena Sawré Muybu, no sudoeste do Pará, que três mulheres Munduruku revisam as imagens que gravaram das ações de seu povo para defender o território de invasores, sobretudo de madeireiros e garimpeiros. Expulsar os invasores sempre foi arriscado, mas em tempos de governo Bolsonaro é ainda mais. Câmera, drone, celular e redes sociais são as “armas” usadas por Aldira Akai, de 30 anos, Beka Saw Munduruku, de 19, e Rilcelia Akai, de 23, para lidar com essas crescentes ameaças. Elas integram o Coletivo Audiovisual Munduruku Daje Kapap Eypi, que divulga as denúncias dos indígenas para além das margens do rio Tapajós. “[O vídeo] é uma ferramenta muito importante, que fortalece a luta do povo Munduruku. Muitas pessoas não acreditam mais só na fala da gente, eles acreditam vendo”, conta Aldira. A Repórter Brasil acompanhou as jovens durante uma semana na TI Sawré Muybu, em novembro de 2021, quando elas produziram vídeos – divulgados via Facebook, Instagram – que chegaram até ativistas e autoridades mundiais que participavam da COP26. São imagens que tornam concreto o que já indicam dados como os da ferramenta da Global Forest Watch (GFW). Um dos mais assustadores mostra os pedidos de exploração minerária na TI: as áreas onde não incidem esses requerimentos são quase imperceptíveis de tão poucas. A plataforma também mostra como o impacto do garimpo e de outras ameaças ao território se traduz em desmatamento.
Coletivo Audiovisual Munduruku Daje Kapap Eypi

Direção de: Aldira Akai Munduruku, Beka Saw Munduruku e Rilcelia Akay Munduruku

Nós, o Coletivo Audiovisual Daje Kapap Eypi, somos jovens mulheres indígenas do povo Munduruku, realizadoras de filmes, áudios e vídeos que têm por objetivo registrar e divulgar as constantes invasões por madeireiros e garimpeiros ilegais em nosso território, TI Sawré Muybu, localizado às margens do rio Tapajós, Pará. O coletivo é chamado “Daje Kapap Eypi”, que significa “a passagem dos porcos”, por ser uma alusão a um lugar sagrado para o povo Munduruku. O nosso trabalho, portanto, tem o objetivo duplo de defender a nossa terra e de garantir a sobrevivência de nossos valores ancestrais, para a nossa geração e para os que ainda não nasceram.

Duração: 17 min

Katu – Somos Ka’apor

Sinopse:

Filme realizado a partir do pedido de lideranças Ka’apor da aldeia Axinguirendá, T.I. Alto Turiaçu situada no Estado do Maranhão, que se organizam para fazer seu próprio filme. O desejo surge após assistirem imagens de seus antepassados, feitas em 1949 por Heinz Forthmann e Darcy Ribeiro, além produções realizadas por cineastas indígenas durante várias noites na ohú da aldeia (casa comunal). Acionados pelo poder do audiovisual, decidem mostrar – ao mesmo tempo revitalizar – sua cultura e se fazer conhecer da mesma forma que seus outros parentes fizeram nos filmes. Vencedor do Prêmio de Melhor Filme Etnográfico no X Festival Internacional do Filme Etnográfico de Recife.

Direção de: Alessandro Campos

Sociólogo, antropólogo, produtor executivo e realizador audiovisual. Coordenador adjunto do Grupo de Pesquisa em Antropologia Visual e da Imagem VISAGEM - Universidade Federal do Pará/Brasil, coordena o Festival Internacional do Filme Etnográfico do Pará, Colóquio de Cinema e Antropologia da Amazônia e Encontro de Antropologia Visual da América Amazônica; orientador do Curso de Verão em 2018/2019 do MDOC – Festival Internacional de Documentário de Melgaço, membro da Associação Brasileira de Antropologia, vencedor do Prêmio Arte e Cultura PROEX/UFPA 2018 e premiado no X Festival Internacional do Filme Etnográfico de Recife.

Duração: 51 min

Jaguaretê-Avá: Pantanal em Chamas

Sinopse:

O documentarista de natureza Lawrence Wahba filmou, quase por acaso, os primeiros focos do que se tornaria nos piores incêndios florestais da história desse patrimônio natural da humanidade ao sul da Amazônia. Então, guiado por um chamado espiritual, Wahba passou 10 semanas com brigadistas, veterinários, voluntários e pesquisadores… registrando sua árdua luta pela vida e a recuperação do bioma. Após a chegada das chuvas, o documentarista investiga as causas dos incêndios e como a tragédia poderia ter sido evitada.

Direção de: Lawrence Wahba

Lawrence Wahba é um documentarista de natureza brasileiro. Diretor de Fotografia, Apresentador de TV, Mergulhador e Autor, dirigiu ou produziu 17 documentários.

Duração: 74 min

As Hiper Mulheres

Sinopse:

Temendo a morte da esposa idosa, um velho pede que seu sobrinho realize o Jamurikumalu, o maior ritual feminino do Alto Xingu (MT), para que ela possa cantar mais uma última vez. As mulheres do grupo começam os ensaios enquanto a única cantora que de fato sabe todas as músicas se encontra gravemente doente.

Direção de: Takumã Kuikuro, Leonardo Sette e Fausto Carlos

Nascido em 1983 no Xingu, filho mais velho de Samuagü Kuikuro e Tapualu Kalapalo, Takumã costuma contar que ficou fascinado pela câmera de vídeo desde criança, quando observava as gravações da série Xingu da extinta TV Manchete em sua própria aldeia, nos anos 80. De 2002 pra cá, participou de oficinas de formação audiovisual através do Vídeo nas Aldeias e realizou diversos curtas premiados em festivais, entre eles O dia em que a lua menstruou (2004) e Cheiro de Pequi (2006). Em 2011, iniciou a formação como editor por meio de uma bolsa na Escola de Cinema Darcy Ribeiro.

Duração: 79 min

Febre da Mata

Sinopse:

Direção de: Takumã Kuikuro

É cineasta, membro da aldeia indígena Kuikuro, e atualmente vive na aldeia Ipatse, no Parque Indígena do Xingu. Dirigiu o documentário As Hiper Mulheres (2011), junto a Leonardo Sette e Carlos Fausto. Teve filmes premiados em festivais como os de Gramado e de Brasília, e no Festival International Présence Autochtone (Festival Internacional Presença Indígena) da organização Terres en Vues, em Montreal. Em 2017, recebeu o prêmio honorário "Bolsista da Queen Mary University London". E foi, em 2019, o primeiro jurado indígena do Festival de Cinema Brasileiro de Brasília.

Duração: 8 min