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FILMES

Confira a programação completa de filmes

Programação Completa de Filmes

Mensageiras da Amazônia

Sinopse:

Do alto, a pequena aldeia quase se perde em meio à floresta Amazônica. Mas é ali, em uma cabana na Terra Indígena Sawré Muybu, no sudoeste do Pará, que três mulheres Munduruku revisam as imagens que gravaram das ações de seu povo para defender o território de invasores, sobretudo de madeireiros e garimpeiros. Expulsar os invasores sempre foi arriscado, mas em tempos de governo Bolsonaro é ainda mais. Câmera, drone, celular e redes sociais são as “armas” usadas por Aldira Akai, de 30 anos, Beka Saw Munduruku, de 19, e Rilcelia Akai, de 23, para lidar com essas crescentes ameaças. Elas integram o Coletivo Audiovisual Munduruku Daje Kapap Eypi, que divulga as denúncias dos indígenas para além das margens do rio Tapajós. “[O vídeo] é uma ferramenta muito importante, que fortalece a luta do povo Munduruku. Muitas pessoas não acreditam mais só na fala da gente, eles acreditam vendo”, conta Aldira. A Repórter Brasil acompanhou as jovens durante uma semana na TI Sawré Muybu, em novembro de 2021, quando elas produziram vídeos – divulgados via Facebook, Instagram – que chegaram até ativistas e autoridades mundiais que participavam da COP26. São imagens que tornam concreto o que já indicam dados como os da ferramenta da Global Forest Watch (GFW). Um dos mais assustadores mostra os pedidos de exploração minerária na TI: as áreas onde não incidem esses requerimentos são quase imperceptíveis de tão poucas. A plataforma também mostra como o impacto do garimpo e de outras ameaças ao território se traduz em desmatamento.

Direção de: Aldira Akai Munduruku, Beka Saw Munduruku e Rilcelia Akay Munduruku

Nós, o Coletivo Audiovisual Daje Kapap Eypi, somos jovens mulheres indígenas do povo Munduruku, realizadoras de filmes, áudios e vídeos que têm por objetivo registrar e divulgar as constantes invasões por madeireiros e garimpeiros ilegais em nosso território, TI Sawré Muybu, localizado às margens do rio Tapajós, Pará. O coletivo é chamado “Daje Kapap Eypi”, que significa “a passagem dos porcos”, por ser uma alusão a um lugar sagrado para o povo Munduruku. O nosso trabalho, portanto, tem o objetivo duplo de defender a nossa terra e de garantir a sobrevivência de nossos valores ancestrais, para a nossa geração e para os que ainda não nasceram.

Duração: 17 min

Febre da Mata

Sinopse:

Direção de: Takumã Kuikuro

É cineasta, membro da aldeia indígena Kuikuro, e atualmente vive na aldeia Ipatse, no Parque Indígena do Xingu. Dirigiu o documentário As Hiper Mulheres (2011), junto a Leonardo Sette e Carlos Fausto. Teve filmes premiados em festivais como os de Gramado e de Brasília, e no Festival International Présence Autochtone (Festival Internacional Presença Indígena) da organização Terres en Vues, em Montreal. Em 2017, recebeu o prêmio honorário "Bolsista da Queen Mary University London". E foi, em 2019, o primeiro jurado indígena do Festival de Cinema Brasileiro de Brasília.

Duração: 8 min

Afluências

Sinopse:

Afluências nasce de uma pesquisa da diretora Iasmin Soares sobre afetividade e sexualidade de mulheres indígenas em retomada. O documentário é guiado por três histórias de mulheres indígenas em retomada, com locuções, poesia, e muitas emoções. Filme selecionado para o FeCCI Lab e finalizado durante o laboratório.

Direção de: Iasmin Soares

Iasmin Soares, mulher indígena em retomada da cidade de Santa Rita - PB. É jornalista formada pela Universidade Federal da Paraíba, realizadora audiovisual, pesquisadora de afetividade e sexualidade de mulheres não brancas, produtora de conteúdo e apaixonada por contar histórias.

Duração: 15 min

Segredos do Putumayo

Sinopse:

Em 1910, o cônsul britânico no Rio de Janeiro, Roger Casement, é incumbido por Londres para investigar os crimes cometidos contra os indígenas do Putumayo pela Peruvian Amazon Company. Baseado no seu potente diário, o filme traça o quadro angustiante descoberto por Casement: uma sistemática industrial-extrativista com matanças e trabalho escravo na selva amazônica – um verdadeiro inferno verde.

Direção de: Aurélio Michiles

Aurélio Michiles nasceu em Manaus. Cursou o Instituto de Artes e Arquitetura-UnB (1970/73). Em 1974 no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – MAM, cursa montagem de cinema com Gilberto Santeiro. Na Escola de Artes Visuais Parque Lage (77/78), cursa Artes Cênicas (Hélio Eichbauer, Rubens Gerchman, Ligia Pape). A partir dos anos 80, atua na área de televisão cinema e televisão. Trabalhou na TV Globo, TV Bandeirantes e SBT. Dirigiu diversos documentários para a TV Cultura. Foi consagrado pelo longa-metragem “O Cineasta da Selva”, que recebeu diversos prêmios nacionais e internacionais.

Duração: 83 min

A Serra do Roncador ao Poente

Sinopse:

Vencedor do prêmio Jean Rouch de melhor filme etnográfico no IV Festival Internacional do Filme Etnográfico do Pará (FIFEP). A Serra do Roncador ao Poente narra o mito original dos índigenas Xavante que habitam o centro-oeste do Brasil. O protagonista é Diogo Juruna que nos conduz por sítios onde registros rupestres dos clãs Xavante resistem na atualidade. As pinturas materializam os espíritos que defendem quando a “civilização” se volta, outra vez, contra eles e as suas terras. O comovente episódio da morte do coronel Pimentel Barbosa, ocorrido em 1941, é contado pelos Xavante. A língua e a terra consolidam a importância da cultura e a postura guerreira dos rituais de coragem e firmeza.

Direção de: Armando Lacerda

Natural do Rio de Janeiro, Armando Lacerda, ingressou na Universidade de Brasília em 1971, onde se graduou em Comunicação – Jornalismo, Cinema e Televisão. Dirigiu e produziu filmes de curta e longa-metragem. Juruna, o Espírito da Floresta, recebeu o prêmio Margarida de Prata da CNBB (2008) e o de melhor documentário internacional do Festival de Viña Del Mar, no Chile, em 2010. Realizou ainda O Futuro e Eu – Tributo a Vladimir Maiakovski e Oscar Niemeyer (1998); Taguatinga em Pé de Guerra (1982) e Janela Para os Pirineus (1996), ambos premiados pelo Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Foi produtor de O Evangelho Segundo Teotônio (1984), dirigido por Vladimir Carvalho, e diretor de produção de Céu Aberto (1985), dirigido por João Batista de Andrade. Entre 1996 a 2003, foi diretor da TV Câmara.

Duração: 63 min

Os espíritos só entendem o nosso idioma

Sinopse:

Apenas seis anciões da população Manoki na Amazônia brasileira ainda falam o idioma indígena, um risco iminente de perderem o meio pelo qual se comunicam com seus espíritos. Apesar desse ser um assunto difícil, os mais jovens decidem narrar em imagens e palavras a sua versão dessa longa história de relações com os não indígenas, falando sobre as suas dores, desafios e desejos. Apesar de todas dificuldades do contexto atual, a luta e a esperança ecoam em várias dimensões do curta-metragem, indicando que “a língua manoki viverá!”

Direção de: Cileuza Jemjusi, Robert Tamuxi e Valdeilson Jolasi | Realização: Coletivo Ijã Mytyli de Cinema Manoki e Myky / LISA-USP

Todos os três diretores são jovens lideranças da aldeia Paredão, do povo indígena Manoki, integrantes do Coletivo Ijã Mytyli de Cinema Manoki e Myky, e este é seu trabalho de estreia. O Coletivo Ijã Mytyli de Cinema Manoki e Myky reúne jovens realizadores dos povos indígenas Manoki e Myky, do Mato Grosso. Ijã em nossa língua significa tanto história como caminho. Toda história atravessa um caminho, que deve ser percorrido com cuidado e atenção para que ninguém se perca, e todo caminho conta uma história, que deve ser narrada de forma bela e escutada com respeito. Mytyli ou Myty’i em nossa língua significa novo ou jovem: uma outra forma de se contar histórias e se traçar caminhos feita em sua maioria por jovens, através de uma ferramenta de comunicação que é o cinema guiado pela trajetória de nossos ancestrais.

Duração: 5 min

Kamukuwaká: Território Sagrado

Sinopse:

A história da luta do povo Wauja com o lugar sagrado Kamukuwaká. Segundo a cosmologia do povo Wauja ou Waurá, esta gruta seria lar do ancestral guerreiro Kamukuwaká, que ali teria se defendido dos ataques do inimigo, o Kamo, que invejava a sua beleza e a sua força, transformando a sua casa em pedra, tentando atacá-lo; mas com a ajuda de pássaros foi aberto um buraco no teto rochoso, e assim Kamukuwaká e seus familiares conseguiram escapar para o céu, livrando-se da emboscada. A luta histórica desse povo para preservar a caverna começou há 40 anos, quando foi demarcado o Território Indígena do Xingu (TIX) no ano de 1961. Na qual nesse momento, por engano, o governo brasileiro não demarcou a Gruta de Kamukuwaká, ficando fora do TIX. A luta continuou até que um dia conseguir um tombamento. Mesmo tombada, a gruta foi invadida, com pessoas que fazem pescaria ilegal, jogando lixo no rio para ser, finalmente, vandalizada no ano 2018 causando uma tristeza ao povo Wauja, que hoje a luta continuando para demarcar o território.

Direção de: Piratá Waurá

Piratá Waurá é historiador, fotógrafo, cineasta da comunidade Wauja e professor da Escola Indígena da aldeia Piyulaga. A Piratá faz parte da AIT – Associação Indígena Tulukai, que tem como missão a preservação da cultura Wauja, seu território, floresta e recursos naturais.

Duração: 15 min

Amazônia, a Nova Minamata?

Sinopse:

Lideranças Munduruku, como Alessandra Korap, percebendo que há algo errado com a saúde de seu povo, convidam médicos e pesquisadores para investigar se eles estão contaminados por mercúrio. O neurologista Erik Jennings e pesquisadores da Fiocruz fazem um diagnóstico e revelam os altos índices de contaminação por este metal pesado, tradicionalmente associado à atividade garimpeira de ouro e à destruição da floresta. Mas os médicos enfrentam resistência dos garimpeiros e até do governo brasileiro para poder apresentar os resultados aos Mundurukus. A história de Minamata, no Japão, foi marcada pela população que sofreu sequelas seríssimas no sistema nervoso central, levando muitos à morte e à geração de crianças com má formação congênita. Uma mensagem de luta e esperança é enviada do Japão para a população amazônica. Alessandra e as lideranças Mundurukus enfrentam as ameaças dos garimpeiros, incluindo outros indígenas, e se organizam para combater as fontes dessa contaminação, garantir a saúde de seus filhos e preservar a floresta.

Direção de: Jorge Bodanzky

Jorge Bodanzky nasceu em São Paulo em 1942. Diretor, roteirista e fotógrafo, é formado em cinema pela Escola de Design de Ulm, na Alemanha. Iniciou sua carreira como fotógrafo, atuando em diversos órgãos da imprensa, entre eles a revista Realidade e o Jornal da Tarde. Sua estreia como diretor de cinema foi com Iracema - Uma Transa Amazônica (1976, 36ª Mostra). Dirigiu os longas-metragens Os Mucker (1978, 2ª Mostra), Jari (1980), O Terceiro Milênio (1982), Igreja dos Oprimidos (1986), Navegar Amazônia (2006, 30ª Mostra), Pandemonium (2010) e No Meio do Rio, Entre as Árvores (2010).

Duração: 70 min

Jaguaretê-Avá: Pantanal em Chamas

Sinopse:

O documentarista de natureza Lawrence Wahba filmou, quase por acaso, os primeiros focos do que se tornaria nos piores incêndios florestais da história desse patrimônio natural da humanidade ao sul da Amazônia. Então, guiado por um chamado espiritual, Wahba passou 10 semanas com brigadistas, veterinários, voluntários e pesquisadores… registrando sua árdua luta pela vida e a recuperação do bioma. Após a chegada das chuvas, o documentarista investiga as causas dos incêndios e como a tragédia poderia ter sido evitada.

Direção de: Lawrence Wahba

Lawrence Wahba é um documentarista de natureza brasileiro. Diretor de Fotografia, Apresentador de TV, Mergulhador e Autor, dirigiu ou produziu 17 documentários.

Duração: 74 min

SŪKŪJULA TEI (Histórias de minha mãe)

Sinopse:

Durante uma visita a sua irmã Amaliata, Rosa, uma sábia mulher Wayuu, ensina aos netos de Amaliata a importância da reciprocidade dentro de sua cultura.

Direção de: David Hernández Palmar

David Hernández Palmar | Wayuu, Clã IIPUANA, Venezuela | é um cineasta, curador independente e programador de cinema com reconhecida experiência na região da América Latina. É também fotógrafo, jornalista, pesquisador e produtor de diversas obras audiovisuais que retrataram o mundo Wayuu. Ele tem co-dirigido filmes como: “Owners of The Water”, “Wounmainkat”. Com o curta-metragem “The Foreign Body”, estréia mundial em competição no Festival Internacional de Cinema de Toronto TIFF e vencedor do primeiro prêmio no FICMAYAB (13º Festival Internacional de Cinema e Comunicação dos Povos Indígenas), ele começou sua carreira como produtor de cinema. Atualmente é o produtor executivo do longa-metragem equatoriano “Semillas de Lucha” de Kvrvf Nawel | Mapuche, Argentina, que foi estreado no Festival Internacional de Cinema de Cartagena de Índias – FICCI60; produtor de “Um filho”, primeiro longa-metragem em desenvolvimento pelo cineasta venezuelano Héctor Silva Núñez; produtor de “O crepúsculo da Amazônia”, documentário em produção de Álvaro Sarmiento e Diego Sarmiento | Quechua, Peru); produtor de “Suggunya 1698. The key to Darién”, um documentário de longa-metragem em desenvolvimento por Olowaili Green | Guna Dule, Colômbia e David Sierra; co-diretor com Marbel Vanegas | Wayuu Jusayu, Colômbia, de “Searching for the marks of the Asho’ojushi”, um documentário de longa-metragem em desenvolvimento.

Duração: 8 min

Amazônia Sociedade Anônima

Sinopse:

Diante do fracasso do governo brasileiro em proteger a Amazônia, índios e ribeirinhos, em uma união inédita liderada pelo Cacique Juarez Saw Munduruku, enfrentam máfias de roubo de terras e desmatamento ilegal para salvar a floresta.

Direção de: Estevão Ciavatta

Estevão Ciavatta é diretor, roteirista e produtor. Ele é sócio-fundador da Pindorama Filmes, a primeira empresa brasileira Carbono Neutro na indústria do cinema/ TV e referência em questões sociais e ambientais. Ciavatta escreveu e dirigiu dezenas de programas de televisão, incluindo os premiados BRASIL LEGAL e CENTRAL DA PERIFERIA, além dos premiados filmes NELSON SARGENTO e PROGRAMA CASÉ. Para a HBO, criou, dirigiu e produziu as séries PREAMAR, seleção oficial no Festival de Biarritz, e SANTOS DUMONT (ainda inédita). Estevão também liderou a campanha de crowdfunding "DáPé", uma das 10 maiores do Brasil, que mobilizou 7 milhões de pessoas para plantar 36 mil árvores.

Duração: 72 min

A Mãe de Todas as Lutas

Sinopse:

Uma narrativa que recorre à memória para vislumbrar um futuro de mudanças sob a ótica feminina. O filme acompanha a trajetória de Shirley Krenak e Maria Zelzuita, mulheres que estão na frente da luta pela terra no Brasil. Shirley traz a missão de honrar as mulheres e a sabedoria das Guerreiras Krenak, da região de Minas Gerais. Maria Zelzuita é uma das sobreviventes do Massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará, e suas trajetórias nos ligam ao conceito da violência e apropriação do corpo feminino.

Direção de: Susanna Lira

Duração: 84 min

Experiência Indígena Pngati Guarani Kaiowá

Sinopse:

Parte de um projeto para a documentação de ações de proteção e uso sustentável dos recursos naturais das terras indígenas, o filme retrata a experiência de uma comunidade guarani-kaiowá no enfrentamento a doenças e à pandemia de Covid-19, com o auxílio de rezas, ervas e plantas tradicionais do território.

Direção de: Michele Kaiowá

Formada em Direção pela Escola de Cinema Darcy Ribeiro, ela pertence ao povo guarani kaiowá. Seu trabalho visa criar estratégias de resistência e existência para os povos indígenas do Mato Grosso do Sul (MS), fortalecendo a luta pelo território tradicional e pela democracia midiática. Participou do projeto Nhemongueta Kunhã Mbarete, trocas de vídeo-cartas com Graci Guarani, Michele Kaiowá e Patrícia Ferreira, Sophia Pinheiro, que foi comissionado pelo Instituto Moreira Salles durante a pandemia de Covid-19.

Duração: 12 min

Autodemarcação Já!

Sinopse:

Guiado pela forca ancestral de Karo Sakaybu, o maior guerreiro e criador do rio Tapajós e do povo Munduruku, o cacique Juarez denuncia as ameaças de vida pelas invasões de madeireiros e garimpeiros no território Sawré Muybu, ao mesmo tempo que une o seu povo na luta pela demarcação do território. As mulheres Munduruku são uma das principais forças nesta luta e encaram com coragem seus inimigos seja no território, nas ruas ou no Congresso. A autodemarcação passa a ser o único caminho, após a terra indígena ser reconhecida, mas não haver nenhuma ação do governo para demarcar ou coibir as invasões. “Porque nós não demarcarmos, já que a terra é nossa?”. A autodemarcação é cheia de desafios e confrontos, mas as guerreiras Munduruku estão na frente desta luta e expulsam seus invasores com coragem eresistência. Sawé!

Direção de: Aldira Akai Munduruku, Beka Saw Munduruku e Rilcelia Akay Munduruku | Coletivo Audiovisual Daje Kapap Eypi

Nós, o Coletivo Audiovisual Daje Kapap Eypi, somos jovens mulheres indígenas do povo Munduruku, realizadoras de filmes, áudios e vídeos que têm por objetivo registrar e divulgar as constantes invasões por madeireiros e garimpeiros ilegais em nosso território, TI Sawré Muybu, localizado às margens do rio Tapajós, Pará. O coletivo é chamado “Daje Kapap Eypi”, que significa “a passagem dos porcos”, por ser uma alusão a um lugar sagrado para o povo Munduruku. O nosso trabalho, portanto, tem o objetivo duplo de defender a nossa terra e de garantir a sobrevivência de nossos valores ancestrais, para a nossa geração e para os que ainda não nasceram.

Duração: 8 min

Elas – As Mulheres Krikati

Sinopse:

Um canto ecoa pelo cerrado maranhense em uma noite de luar e fogueira, a ancestralidade dessa voz traz a força das guerreiras que dizem que o agora é delas, das Mulheres Krikati.

Direção de: Carlos Eduardo Magalhães

É diretor, montador, roteirista e produtor em projetos autorais e por encomenda. É assessor de projetos no laboratório internacional BOLIVIALAB desde 2015. Com o filme Ara Pyau Primavera Guarani recebeu o Prêmio Rigoberta Menchú de Melhor Filme no 28o Festival Présence Autochtone 2018 - Montreal Canadá.

Duração: 19 min

Ãgawaraitá: Nancy

Sinopse:

Ãgawaraitá conta histórias reais de indígenas e ribeirinhos da Amazônia, sobre a relação de respeito entre os povos tradicionais com a floresta e os encantados, seres sagrados que possuem grande influência no cotidiano e na espiritualidade de quem vive na floresta. Foi através do seu primeiro encontro com Encantada Nancy, que o pajé Nató Tupinambá começou a entender sobre o seu dom de cura e a conexão com os seres sagrados da floresta e dos rios.

Direção de: Priscila Tapajowara

A produção da webserie é da Tapajowara filmes, produtora de audiovisual amazônida independente idealizada por Priscila Tapajowara, que utiliza as ferramentas do audiovisual para propagar as culturas e lutas dos povos da floresta, sendo um espaço para propagar a voz dos povos tradicionais. Coprodução do Coletivo de audiovisual indígena Nató Audiovisual, idealizado por Lívia Kumaruara, vem como um porta voz dos povos indígenas da região do baixo Tapajós, levando para dentro dos territórios os conhecimentos tecnológicos através de oficinas de audiovisual.

Duração: 17 min

Katu – Somos Ka’apor

Sinopse:

Filme realizado a partir do pedido de lideranças Ka’apor da aldeia Axinguirendá, T.I. Alto Turiaçu situada no Estado do Maranhão, que se organizam para fazer seu próprio filme. O desejo surge após assistirem imagens de seus antepassados, feitas em 1949 por Heinz Forthmann e Darcy Ribeiro, além produções realizadas por cineastas indígenas durante várias noites na ohú da aldeia (casa comunal). Acionados pelo poder do audiovisual, decidem mostrar – ao mesmo tempo revitalizar – sua cultura e se fazer conhecer da mesma forma que seus outros parentes fizeram nos filmes. Vencedor do Prêmio de Melhor Filme Etnográfico no X Festival Internacional do Filme Etnográfico de Recife.

Direção de: Alessandro Campos

Sociólogo, antropólogo, produtor executivo e realizador audiovisual. Coordenador adjunto do Grupo de Pesquisa em Antropologia Visual e da Imagem VISAGEM - Universidade Federal do Pará/Brasil, coordena o Festival Internacional do Filme Etnográfico do Pará, Colóquio de Cinema e Antropologia da Amazônia e Encontro de Antropologia Visual da América Amazônica; orientador do Curso de Verão em 2018/2019 do MDOC – Festival Internacional de Documentário de Melgaço, membro da Associação Brasileira de Antropologia, vencedor do Prêmio Arte e Cultura PROEX/UFPA 2018 e premiado no X Festival Internacional do Filme Etnográfico de Recife.

Duração: 51 min

Orê Payayá

Sinopse:

O documentário conta a história do povo Payayá, desde suas origens ancestrais até o seu presente de lutas e desafios, passando pelos tempos da diáspora. Os Payayá, originários do interior da Bahia foram considerados extintos durante séculos e a sua história foi esquecida e desprezada pela versão oficial da história, contada pelos colonizadores. Porém os descendentes desse bravo povo guerreiro lutam pela afirmação da sua identidade e a retomada dos seus princípios étnicos. Havendo reconquistado de forma pacífica parte do antigo território nas imediações da Cabeceira do Rio Utinga, o povo Payayá vive determinado na luta para subsistir como tal, unido pela cultura ancestral, buscando valorizar os recursos naturais e a vida na Chapada Diamantina e no planeta Terra.

Direção de: Edilene Payayá, Sarah Goes da Silva, Alejandro Zywica

Duração: 12 min

Adeus, Capitão

Sinopse:

O “Capitão” Krohokrenhum, líder do povo indígena Gavião, conta para suas netas a sua história. Das guerras de “índio bravo” ao contato com o “homem branco”, da hecatombe do contágio ao fim do mundo Gavião, Krohokrenhum conduz um movimento de reconstrução da memória de seu povo – acompanhado pela câmera de Vincent Carelli desde as primeiras VHS. Finalizado após a partida do Capitão, o filme é a devolução póstuma destes registros. Krohokrenhum deixa sua sombra e conduz, em canto solo, as novas gerações.

Direção de: Vincent Carelli e Tita

Indigenista e cineasta, criou, em 1986, a ONG Vídeo nas Aldeias, que forma cineastas indígenas. Realizou uma série de documentários ligados a esse trabalho, como a trilogia O espírito da TV, premiado no 9º Festival Videobrasil, e Corumbiara (2009), sobre o massacre de índigenas isolados em Rondônia. Em 1999, recebeu o Prêmio Unesco pelo respeito à diversidade cultural.

Duração: 175 min

Tuã Ingugu (Olhos d’Água)

Sinopse:

Na cosmogonia dos Kalapalo, etnia que vive no Parque Indígena do Xingu, a água é tão antiga quanto os humanos e é a fonte da vida. É dali que vem todo o sustento dos originários, seu alimento, sua bebida, seu banho, sua alegria. A ideia de usar a água como lixeira, de envenenar a água, é uma distopia. Em Tuã Ingugu (Olhos D’Água) o cacique Faremá – da aldeia Caramujo, nas margens do rio Kuluene – nos conta sobre o nascimento da água e nos adverte sobre as consequências de desrespeitá-la.

Direção de: Daniela Thomas

Daniela Thomas nasceu no Brasil em 1959, e trabalha e vive em São Paulo. Em 2016, Thomas foi responsável pela direção artística da Cerimônia de Abertura das Olimpíadas do Rio. Seu primeiro filme solo foi "Vazante", um drama histórico sobre a escravidão no Brasil em 1820. O filme estreou na 67° edição do Festival Internacional de Cinema de Berlim. Seu último filme, "O Banquete", foi filmado em 2018.

Duração: 11 min

As Hiper Mulheres

Sinopse:

Temendo a morte da esposa idosa, um velho pede que seu sobrinho realize o Jamurikumalu, o maior ritual feminino do Alto Xingu (MT), para que ela possa cantar mais uma última vez. As mulheres do grupo começam os ensaios enquanto a única cantora que de fato sabe todas as músicas se encontra gravemente doente.

Direção de: Takumã Kuikuro, Leonardo Sette e Fausto Carlos

Nascido em 1983 no Xingu, filho mais velho de Samuagü Kuikuro e Tapualu Kalapalo, Takumã costuma contar que ficou fascinado pela câmera de vídeo desde criança, quando observava as gravações da série Xingu da extinta TV Manchete em sua própria aldeia, nos anos 80. De 2002 pra cá, participou de oficinas de formação audiovisual através do Vídeo nas Aldeias e realizou diversos curtas premiados em festivais, entre eles O dia em que a lua menstruou (2004) e Cheiro de Pequi (2006). Em 2011, iniciou a formação como editor por meio de uma bolsa na Escola de Cinema Darcy Ribeiro.

Duração: 79 min

Rituais do povo indígena Enawenê-nawê

Sinopse:

O curta retrata a cultura do povo Enawenê Nawê e sua relação com a espiritualidade, mostrando alguns de seus rituais sagrados, sendo eles o Iyãokwa e o Kateoko. “No ritual Iyãokwa somente os homens participam. Ele é realizado para manter os espíritos ruins longe do nosso povo, um dos principais fatos sobre este ritual é que ele determina quando e onde iremos plantar as novas roças. Kateoko é um ritual que tanto os homens quanto as mulheres podem participar. Todo ritual é realizado para que os espíritos celestiais e subterrâneos fiquem felizes com nosso povo”, diz Iholalare Wayali Enawenê-nawê, realizador do filme.

Direção de: Iholalare Wayali Enawenê-nawê

Duração: 10 min

Por onde anda Makunaíma

Sinopse:

Por onde anda Makunaíma?” faz um resgate histórico e cultural daquele que é o personagem ficcional mais identificado com um certo jeito de ser brasileiro. Com depoimentos em português, alemão, espanhol, macuxi e taurepang, o filme retorna a esse personagem que já nasce múltiplo e segue contemporâneo.

Direção de: Rodrigo Séllos

Duração: 84 min

NIWE BAI ~ caminhos do vento

Sinopse:

NIWE BAI ~ caminhos do vento aborda a pluralidade das cosmopercepções da música para os povos originários, a partir da perspectiva de diversos artistas e pensadores indígenas e não-indígenas. Em uma extensão da luta por direitos, as conversas refletem igualmente a importância do registro, dos direitos autorais ancestrais e coletivos e da propriedade intelectual desses povos na atualidade.

Direção de: Lucas Canavarro e Nana Orlandi

Duração: 33 min

Música é Arma de Luta

Sinopse:

Documentário sobre a Luta Pela Vida, a maior mobilização indígena da história do Brasil, ocorrida entre 22 a 28 de agosto de 2021, que enfoca a importância dos cantos, dos rezos e da musicalidade dos povos indígenas em sua resistência contra os ataques e violações de seus direitos originários.

Direção de: Idjahure Kadiwel, Lucas Canavarro, Nana Orlando e Carou Trebitsch

Idjahure Kadiwel é antropólogo, editor, tradutor e poeta indígena, pertencente aos povos Terena e Kadiwéu. Trabalha e pesquisa a arte, a etnomídia e a etnologia indígenas. É editor da coleção Tembetá (Azougue Editorial, 2017-2019) e do catálogo da exposição Véxoa: Nós sabemos (Pinacoteca de São Paulo, 2021), apresentador do podcast Nhexyrõ: artes indígenas em rede e codiretor do documentário Música é Arma de Luta (2021, 25'). É mestre em Antropologia Social pelo Museu Nacional/UFRJ e doutorando pelo PPGAS/USP.

Duração: 25 min

Afluências

Sinopse:

Afluências nasce de uma pesquisa da diretora Iasmin Soares sobre afetividade e sexualidade de mulheres indígenas em retomada. O documentário é guiado por três histórias de mulheres indígenas em retomada, com locuções, poesia, e muitas emoções. Filme selecionado para o FeCCI Lab e finalizado durante o laboratório.

Direção de: Iasmin Soares

Iasmin Soares, mulher indígena em retomada da cidade de Santa Rita - PB. É jornalista formada pela Universidade Federal da Paraíba, realizadora audiovisual, pesquisadora de afetividade e sexualidade de mulheres não brancas, produtora de conteúdo e apaixonada por contar histórias.

Duração: 15 min

As palavras encantadas dos Hupd’äh da Amazônia

Sinopse:

“A humanidade é a natureza”, pensam os Hupd’äh. Na cosmologia desse povo, uma das duzentas e dez etnias indígenas do Brasil, não há uma separação entre o mineral, animal, vegetal e natureza humana. As músicas e as palavras têm poderes transformadores, muitas vezes incompreensíveis para as sociedades ocidentais. O filme foi produzido a partir do acervo etnográfico do etnólogo Renato Athias, com textos, filmes, fotografias e músicas reunidos na década de 1980. Este filme dá a voz também aqueles que o pesquisador chama de seus mestres, seus colaborares de pesquisa: Bihit, Casimiro e Mehtíw, chefes de clãs Hupd’äh que vivem na zona interfluvial dos rios Papuri e Tiquié da bacia hidrográfica do rio Uaupés, no noroeste da Amazonia brasileira. O filme oferece novos caminhos para a reflexão sobre as relações entre humanos e não humanos Com a participação dos Hupd’äh Bihit, Casi, Mehtíw (in memoriam)

Direção de: Mina Rad

Mina Rad é documentarista e produtora, que faz filmes sobre antropólogos e cineastas. Para Mina Rad “fazer documentários é uma restituição do nosso patrimônio cultural, uma forma de olhar o universo e seguir o caminho da identidade cultural no mundo”. Seu primeiro filme, For Me the Sun Never Sets, ganhou o prêmio de melhor documentário no Festival Verity no Irã em 2012. Este filme recebeu menção especial do júri “pelo calor e simplicidade para narrar uma história profunda”. Mina Rad dirige o Festival AprèsVaran nos passos de Jean Rouch desde 2014.

Duração: 52 min

Terra sem Pecado

Sinopse:

Documentário curta-metragem que dá continuidade à abordagem em torno da diversidade de gênero entre os indígenas do Brasil, a partir de depoimentos e vivências de três indígenas transexuaistravestis de povos diferentes. O filme aborda também os sofrimentos psicológicos e afetivos decorrentes da fragmentação de suas identidades, evidenciando os preconceitos e as violências advindos do processo de colonização eurocêntrico e o reforço de ideologias opressoras atuais.

Direção de: Marcelo Cuhexê Krahô

Jornalista, cineasta maranhense, ativista indígena Krahô, vive em Brasília há 20 anos, onde atua em diversas organizações da sociedade civil, pelo respeito aos direitos dos povos originários, à Mãe Terra, à laicidade do Estado e liberdade tradicional e religiosa. Diretor do documentário "Terra Sem Pecado", que aborda a diversidade de gênero entre os indígenas do Brasil.

Duração: 15 min

O verbo se fez carne

Sinopse:

A invasão dos europeus em Abya Yala nos deixou cicatrizes. Ziel Karapotó utiliza seu corpo para denunciar cinco séculos de colonização.

Direção de: Ziel Karapotó

Ziel Karapoto é originário da comunidade Terra Nova em Alagoas. Ele trabalha no campo das artes visuais, performance e instalação e acredita na arte indígena como resistência anticolonial. Atua como arte-educador. “O verbo se fez carne” é seu filme de estreia.

Duração: 7 min

Mba’eixa Nhande Rekova’erã – Mensageiros do Futuro

Sinopse:

Mba’eicha Nhande Rekova’erã, que em português significa mensageiro do futuro, faz um breve recorte de algumas questões pertinentes e urgentes em uma das reservas indígenas mais populosas do país, percorrendo as narrativas e as expectativas sábias dos nhanderu, nhandesy e dos jovens sobre as suas realidades.

Direção de: Graciela Guarani

Pertencente à nação Guarani Kaiowá, produtora cultural, comunicadora, cineasta, curadora de cinema e professora. Uma das mulheres indígenas pioneiras em produções originais audiovisuais. Professora do curso Mulheres Indígenas e Novas Mídias Sociais - da Invisibilidade ao Acesso aos Direitos (ONU Mulheres Brasil). Facilitadora da oficina Ocupar a Tela: Mulheres, Terra e Movimento (IMS e Museu do Índio, 2019). Debatedora da mesa-redonda Mulheres na Mídia e no Cinema, na 70ª Berlinale (2020).

Duração: 12 min

A Força das Mulheres Pataxó da Aldeia Mãe

Sinopse:

A força (nuhãtê) e a intensidade das palavras, das histórias e dos cantos, das diferentes gerações de guerreiras de Barra Velha – a Aldeia Mãe (Pataxi Imamakã), território ancestral do povo Pataxó – são o mote do primeiro longa-metragem produzido pelas mulheres (jokanas) integrantes do Coletivo Pataxó de Cinema de Barra Velha. O filme A Força da Mulher Pataxó Nuhãtê Jokana Pataxí Imamakã se passa no território Barra Velha, e mostra um pouco da realidade da mulher pataxó, mostrando suas lutas diárias, territoriais, sociais e políticas, bem como mostra a luta pela garantia dos direitos garantidos na Constituição de 1988, do usufruto do território ancestral, que está diariamente sendo negado. Mostra um pouco da luta antiga e a luta diária. Vocês vão conhecer a aldeia pataxó de Barra Velha através das guerreiras protagonistas desse filme.

Direção de: Caamini Braz e Vanuzia Bonfim

Vanuzia Bonfim e Caamini Braz são integrantes do Coletivo Pataxó de Cinema de Barra Velha, na Bahia. Com formação em Ciências Sociais e Humanas pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Vanuzia é indígena Pataxó, mestra em Ensino e Relações Étnico-Raciais pela Universidade Federal do Sul da Bahia e desenvolve pesquisas sobre a importância da figura da mulher para a história do povo Pataxó.

Duração: 86 min

Ẽg ῖn: nossa casa

Sinopse:

Este documentário longa-metragem é co-criado por indígenas Kaingang e não-indígenas. Praticamente todas as filmagens foram realizadas pelos indígenas, já na produção do projeto e a edição do filme teve a colaboração de não-indígenas. Os roteiros de filmagem surgiram dos encontros, pensando e discutindo coletivamente. Desde o ano de 2013 o projeto se realiza dentro da Terra Indígena Apucaraninha – localizada nos limites da cidade de Tamarana, Londrina e distrito de Lerroville, na bacia do rio Tibagi, no norte do estado do Paraná. Ali, os Kaingangs têm suas casas, seu lar. Por todos estes anos dialogamos a respeito dos conceitos de “memória” e as importâncias dessa temática para a comunidade… buscamos fortalecer e discutir a valorização de seus saberes, lembranças e valores, refletindo sobre a “memória” dos seus antigos, seus saberes tradicionais, em relação e conflito com os saberes dos mais novos e com a mescla da cultura “não-indígena” no cotidiano da comunidade.

Direção de: Cineclube Ahoramágica; Centro de Memória e Cultura Kaingang; Associação dos Moradores da TI Apucaraninha; A cor da terra produções; Programa Vẽhn Kar (programa cogerido entre a comunidade indígena e a COPEL); Programa Pontos de Memória (IBRAM / MinC)

Duração: 70 min

Paola

Sinopse:

Paola e Ziel cresceram no território indígena Karapotó, no interior de Alagoas. Contudo, em suas juventudes acabaram seguindo caminhos diferentes. O filme é o encontro de Ziel com Paola na cidade de Recife, em um ritual de cura e afeto, revivendo laços de amizades.

Direção de: Ziel Karapotó

Originário da comunidade Terra Nova, São Sebastião (Alagoas). É formado em Artes Visuais pela UFPE. Atua nos campos das artes visuais, performance e audiovisual. Reside desde 2015 em Recife (PE). É integrante do grupo de pesquisa Ciência e Arte Indígena no Nordeste pela UFPE e Artista Pesquisador no projeto Culturas de Antirracismo na América Latina - CARLA pela UFBA. Desde 2021 é Coordenador Geral da Associação de Indígena em Contexto Urbano Karaxuwanassu (ASSICUKA). Acredita na arte indígena como resistência anticolonial.

Duração: 16 min

Nossos Espíritos Seguem Chegando – Nhe’ẽ kuery jogueru teri

Sinopse:

Na Tekoa Ko’ẽju, Pará Yxapy, indígena Mbya Guarani, dedica os primeiros cuidados a seu filho ainda no ventre e reflete, junto com seus parentes, sobre os sentidos de sua gravidez em meio a pandemia de COVID-19 no Brasil.

Direção de: Kuaray Poty (Ariel Ortega) e Bruno Huyer

Kuaray Poty (Ariel Ortega) Artesão, cineasta e pensador Mbyá-guarani, se dedica ao cinema desde 2007, quando foi diretor do filme Mokoi Tekoa, Petei Jeguata (Duas aldeias, uma caminhada), vencedor do ForumDoc BH de 2008. Depois disso, dirigiu outros filmes também premiados como Bicicletas de Nhanderu (2011), Desterro Guarani (2011), Tava, a casa de pedra (2012), Mbya Mirim (2013) e No caminho com Mário (2014). Atualmente, mora na Tekoa Koe'ju, em São Miguel das Missões, Brasil, onde desenvolve trabalho de recuperação de áreas florestais degradadas junto ao Centro de Trabalho Indigenista (CTI) e integra os Coletivos Mbyá-guarani de Cinema e Ará Pyau de Cine (Argentina). Bruno Huyer Cientista Social e mestre em Antropologia, desenvolveu diversos trabalhos com os povos mbya-guarani do sul do Brasil e norte da Argentina desde o ano de 2008. A partir de 2016, passou a colaborar com o projeto Vídeo nas Aldeias, participando de produções audiovisuais colaborativas com diferentes povos indígenas espalhados pelo Brasil. Desde 2019 é técnico em Antropologia do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em Salvador/BA onde segue colaborando com pesquisas em antropologia, etnologia indígena, saúde e produções audiovisuais.

Duração: 15 min

Levante Pela Terra

Sinopse:

O documentário foi gravado durante o acampamento Levante Pela Terra, em junho de 2021, em Brasília. Quando lideranças indígenas de todas as regiões do Brasil se reuniram na capital federal para lutar contra o PL490, projeto de lei que tramita no Congresso Nacional, e que prevê, pela via legislativa, a prática do marco temporal, impactando os direitos e demarcação dos territórios. O filme também reflete a luta e a resistência dos Povos Originários diante do avanço do garimpo, da mineração e do agronegócio.

Direção de: Marcelo Cuhexê Krahô

Jornalista, cineasta maranhense, ativista indígena Krahô, vive em Brasília há 20 anos, onde atua em diversas organizações da sociedade civil, pelo respeito aos direitos dos povos originários, à Mãe Terra, à laicidade do Estado e liberdade tradicional e religiosa. Diretor do documentário "Terra Sem Pecado", que aborda a diversidade de gênero entre os indígenas do Brasil.

Duração: 30 min

A tradicional família brasileira – KATU

Sinopse:

Os Guardiões da Mata Atlântica e suas resistências com atuais problemas nos desafios contemporâneos como meio ambiente e agronegócio, evangelização nas aldeias, abuso de drogas, educação indígena e ensino superior.

Direção de: Rodrigo Sena

Diretor audiovisual, permaneceu no fotojornalismo durante 10 anos, participou de residência artística em Montevidéo (Uruguai) Iberescena em 2013, Residência Artistica em Cochabamba (Bolivia) em 2014. Realizou premiados curtas como O Menino do dente de Ouro (2015), filme vencedor da Mostra de Gostoso, RN; Cuscuz Peitinho (2017), premiado no Festival de Cinema de Vitoria, ES; A Tradicional Familia Brasileira Katu (2020), filme premiado no Festival de Cinema de Brasilia. Rodrigo Sena indigena em retomada Potiguara RN, diretor e roteirista de Encantarias, série de TV que retrata religiões de matriz afro e indígenas e desenvolve seu primeiro longa metragem. Iniciou sua pesquisa no universo das religiões afro e indígenas em 2003 e mantém sua aproximação e estudos até os dias de hoje. Tendo este objeto como ponto de partida para a execução de alguns de seus filmes Rodrigo Sena amplia sua realização com a criação do Cine Terreiro, um festival de cinema que aborda temas ligados ao sagrado . Também desenvolve projetos por meio da sua produtora Ori Audiovisual.

Duração: 25 min

Jururã – O Espírito da Floresta

Sinopse:

A luta dos indígenas Xavante contra o extermínio e a expulsão de suas terras no interior do Brasil conduz o cacique e líder Mário Juruna à política. Chegando ao Parlamento, o único representante indígena no Congresso Brasileiro enfrenta, com os guerreiros da sua geração, a agressiva política de expansão agrícola do governo brasileiro. Seus parentes, filhos, tios e amigos de outros povos indígenas reconstituem pela memória oral a sua história, desde a expulsão de seu território nos anos 40 até a reintegração das terras ancestrais e a restauração de sua cultura. O filme “Juruna, o Espírito da Floresta”, sobre o cacique Mário Juruna e protagonizado por seu filho, Diogo Amhó, ganhou o prêmio Margarida de Prata, dado pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) a obras com “valores humanos, éticos e espirituais”.

Direção de: Armando Lacerda

Natural do Rio de Janeiro, Armando Lacerda, ingressou na Universidade de Brasília em 1971, onde se graduou em Comunicação – Jornalismo, Cinema e Televisão. Dirigiu e produziu filmes de curta e longa-metragem. Juruna, o Espírito da Floresta, recebeu o prêmio Margarida de Prata da CNBB (2008) e o de melhor documentário internacional do Festival de Viña Del Mar, no Chile, em 2010. Realizou ainda O Futuro e Eu – Tributo a Vladimir Maiakovski e Oscar Niemeyer (1998); Taguatinga em Pé de Guerra (1982) e Janela Para os Pirineus (1996), ambos premiados pelo Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Foi produtor de O Evangelho Segundo Teotônio (1984), dirigido por Vladimir Carvalho, e diretor de produção de Céu Aberto (1985), dirigido por João Batista de Andrade. Entre 1996 a 2003, foi diretor da TV Câmara.

Duração: 80 min

Febre da Mata

Sinopse:

O pajé e sua família saem para pescar. Durante a pesca uma onça se aproxima e começa a esturrar assustada em busca de ajuda. Seu grito é um alerta. O pajé retorna imediatamente para a aldeia e alerta seu povo do perigo que se aproxima. Ele busca força espiritual na pajelança à medida que sua preocupação cresce. O fogo invade a floresta os animais fogem em busca de abrigo mas muitos não resistem e morrem.

Direção de: Takumã Kuikuro

É cineasta, membro da aldeia indígena Kuikuro, e atualmente vive na aldeia Ipatse, no Parque Indígena do Xingu. Dirigiu o documentário As Hiper Mulheres (2011), junto a Leonardo Sette e Carlos Fausto. Teve filmes premiados em festivais como os de Gramado e de Brasília, e no Festival International Présence Autochtone (Festival Internacional Presença Indígena) da organização Terres en Vues, em Montreal. Em 2017, recebeu o prêmio honorário "Bolsista da Queen Mary University London". E foi, em 2019, o primeiro jurado indígena do Festival de Cinema Brasileiro de Brasília.

Duração: 8 min

Xixiá – mestre dos cânticos Fulni-ô

Sinopse:

De um sonho nos anos 70, nascem as cafurnas do povo Fulni-ô, cânticos na língua Yaathe criadas e cantadas pelo mestre Xixiá, Abdon dos Santos, ancião considerado um verdadeiro patrimônio vivo do povo indígena Fulni-ô.

Direção de: Hugo Fulni-ô

Conhecido como Hugo Fulni-ô é indígena pertencente ao Povo Fulni-ô, natural da cidade de Águas Belas-PE, na região Agreste Meridional do Estado de Pernambuco. Graduado na Licenciatura em Educação Intercultural Indígena pela Universidade Federal de Pernambuco, Mestrado em Linguística pela Universidade Federal de Alagoas. No ano de 2009, juntamente com outros professores e alunos da Escola Estadual Indígena Fulni-ô Marechal Rondon, foi um dos idealizadores e percursores da criação do Coletivo de Cinema Fulni-ô, que já produziram diversos filmes na Aldeia Fulni-ô. Ao logo do ano de 2009 em diante, realizou e estruturou e dirigiu diversos filmes e documentários, assim como vários vídeos comunicativos e promocionais dentro da sua comunidade indígena Fulni-ô.

Duração: 20 min

Um Só Ser – O Grande Encontro

Sinopse:

O Terapeuta Daniel Henrique Lopes após 12 anos estudando o autoconhecimento, decidiu se aprofundar em si mesmo e buscar respostas para sua existência. Foi quando conheceu as medicinas sagradas e ouviu um chamado interior após consagrar a Ayahuasca. Essa busca o levou para o coração do Acre na floresta Amazônica nas aldeias da etnia Noke Koi (Katukina). Onde viveu por dias aprendendo a cultura indígena e compreendo o seu chamado, sua missão de vida.

Direção de: Arthur Ribeiro - Tsãka to.o

EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL FORMAÇÃO ACADÊMICA Graduação em Artes Visuais UNOPAR. Atividades Desenvolvidas CURTA-METRAGEM 2013 Direção e montagem – O QUE PRECEDE O MEU FIM 2013 Pós-produção e Colorização – ATAQUE DA DAMA 2014 Atuação – BOSQUE VERMELHO 2015 Assistência de fotografia – SENHORA L 2015 Direção de Fotografia – PAIXÃO BANDIDA 2015 Direção de Fotografia – REFLEXO DO MAL 2015 Direção de Fotografia – ÁGUA VALOR EM VIDA 2015 Direção de Fotografia e Montagem – ONDE O CORAÇÃO CANTA 2015 Montagem – JUNIE 2016 Direção, Fotografia e montagem – PRA NUNCA MAIS VOLTAR 2017 Assistência de fotografia – QUANDO O VERDE TOCA O AZUL 2018 Making Of e Still – NIGREDO 2021 Assistência de fotografia e Foquista – ALBEDO LONGA-METRAGEM 2014 Assistência de fotografia e Making Of– LESTE OESTE 2019 Making Of - PASSAGEM SECRETA 2021/2022 Direção, Fotografia, Som Direto e Montagem – UM SÓ SER - O GRANDE ENCONTRO Trabalho há 11 anos em minha produtora Caixa Mágica Filmes, uma produtora de um homem só. Sendo assim, tenho que me aventurar em diversas etapas da construção de uma produção audiovisual. Atuo como agente cultural captando Festivais de Teatro, Dança, Música e Cinema na cidade onde vivo, Londrina (PR).

Duração: 80 min

Somos Raízes

Sinopse:

O filme trata da história dos indígenas Guajajara – memórias, que recolhe, a histórias dos antepassados e as lutas dos que já se ancestralizaram.

Direção de: Edivan Guajajara

Edivan Guajajara é da aldeia Zutiwa, Terra Indígena Arariboia-MA, um dos criadores da Mídia Índia, ativista indígena levando a fotografia como ferramenta que possa dar visibilidade a luta de um povo que resiste a 519 anos. O jovem fotografa imagens fortes com detalhes dos indígenas que mostra a árdua luta da proteção territorial e na defesa da mãe terra. Edivan é designer e editor de video e usa seus dons para criar artes que dar visibilidade a luta dos povos indígenas do Brasil. Também é técnico de enfermagem. “O audiovisual tem nos dado oportunidade para mostrarmos a nossa cultura e a nossa resistência, hoje temos nosso próprio meio de comunicar e divulgar nossos trabalhos para que as pessoas possam conhecer a nossa verdadeira história e possa fortalecer a nossa luta.”

Duração: 14 min

Ga vī: a voz do barro

Sinopse:

“Ga vī: a voz do barro”, uma animação que conta histórias Kaingang sobre a tradição da cerâmica, barro, território e ancestralidade, produzido a partir do encontro de saberes de mulheres Kaingang na Terra Indígena Apucaraninha, localizada no norte do Paraná. O filme é realizado a partir do evento”Ga vī: a voz do barro, conversando com a terra”, um encontro de saberes entre mulheres Kaingang e cerâmica. É um curta-metragem, em animação, com objetivo de compartilhar com mais pessoas esses conhecimentos, fortalecer essas práticas e também servir como material e memória para jovens Kaingang.

Direção de: Ana Letícia Meira Schweig, Angélica Domingos, Cleber Kronun de Almeida, Eduardo Santos Schaan, Geórgia de Macedo Garcia, Gilda Wankyly Kuita, Iracema Gãh Té Nascimento, Kassiane Schwingel, Marcus A. S. Wittmann, Nyg Kuita e Vini Albernaz

Angélica Domingos - Jovem liderança Kaingang da T.I de Votouro (RS) e mestre em Serviço Social. Gilda Wankyly Kuita - Liderança Kaingang, conselheira do Coletivo Juventude Nen Ga da T.I Apucaraninha (PR) Iracema Gãh Té Nascimento - Liderança e Kujá Kaingang no RS. Pesquisadora da Ação Saberes Indígenas na Escola, Mestra na disciplina Encontro de Saberes UFRGS. Nyg Kuita - Jovem liderança Kaingang da T.I de Apucaraninha (PR), do coletivo Nen Ga. Cleber kronun de Almeida - Cineasta e fotógrafo Kaingang na T.I Apucaraninha (PR), do Coletivo Nen Ga. Vinicius Albernaz - Ilustrador e animador Ana Letícia M. Schweig, Marcus Wittmann, Eduardo Schaan e Geórgia Macedo - antropólogos e pesquisadores não-indígenas da Tela Indígena Kassiane Schwingel - COMIN

Duração: 11 min

O Território

Sinopse:

“O Território” fornece um olhar imersivo sobre a luta incansável do povo indígena Uru-eu-wau-wau contra o desmatamento trazido por posseiros, grileiros, garimpeiros e outros invasores de terras na Amazônia brasileira. Com uma cinematografia inspiradora e um design de som ricamente texturizado, o filme leva os espectadores para dentro da comunidade Uru-eu-wau-wau e oferece acesso sem precedentes às queimadas e desmatamentos ilegais causados pelos invasores em terras protegidas da Amazônia. Parcialmente filmado e co-produzido pelo povo Uru-eu-wau-wau, “O Território” se baseia em imagens verídicas capturadas ao longo de três anos, enquanto a comunidade arrisca sua vida para montar sua própria equipe de mídia na esperança de buscar justiça. Classificação indicativa 12 anos, contém violência, drogas lícitas.

Direção de: Alex Pritz

Duração: 73 min

A Última Floresta

Sinopse:

Em um grupo Yanomami isolado na Amazônia, o xamã Davi Kopenawa tenta manter vivos os espíritos da floresta e as tradições, enquanto a chegada de garimpeiros traz morte e doenças para a comunidade. Os jovens ficam encantados com os bens trazidos pelos brancos; e Ehuana, que vê seu marido desaparecer, tenta entender o que aconteceu em seus sonhos.

Direção de: Luiz Bolognesi

Cineasta e roteirista premiado, formou-se em Jornalismo pela PUC São Paulo. Foi redator do jornal Folha de São Paulo e da TV Globo. Em 1996, escreveu e dirigiu o curta-metragem Pedro e o senhor. Em 1998, escreveu e codirigiu, com a cineasta Laís Bodanzky, o documentário Cine Mambembe, o cinema descobre o Brasil (1999), que ganhou o prêmio de melhor documentário no Festival de Havana, Gramado e Nova York. Escreveu o roteiro do longa-metragem Bicho de sete cabeças (2001), de Laís Bodanzky, e do documentário Bandeirantes, profissão perigo, além de diversos documentários para o canal National Geographic e para a TV Escola. Também escreveu e codirigiu o documentário A guerra dos paulistas, sobre a Revolução de 1932. Em 2005, escreveu o roteiro do documentário O mundo em duas voltas (2008), de David Schurmann, e do longa-metragem Chega de saudade, que recebeu o prêmio de melhor roteiro no 40º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, além de receber o prêmio de melhor filme pelo júri oficial no 14º Festival Internacional de Genebra, na Suíça. Em 2006, escreveu o roteiro do filme de animação Uma história de amor e fúria (2012), seu primeiro longa como diretor. Escreveu, em parceira com Marco Bechis, o filme Terra vermelha (2009), dirigido por Bechis, e selecionado para Festival de Veneza. Em 2018, lançou na seleção oficial do festival de Berlim o documentário Ex-pajé, que recebeu uma menção especial e ganhou o prêmio da crítica no Festival É Tudo Verdade.

Duração: 74 min