Accessibility Tools

FeCCI Lab: conheça os selecionados para o laboratório de finalização de filmes

Imagem por: Coletivo Kuikuro de Cinema

Com grande alegria, divulgamos a lista dos três projetos selecionados para o FeCCI Lab do 1º Festival de Cinema e Cultura Indígena. A produção entrará em contato com os representantes para organizar os próximos passos. 

 

Recebemos inscrições vindas de todas as regiões do Brasil, que revelam a multiplicidade de olhares e questões indígenas atuais. Os projetos foram avaliados e selecionados pelas curadoras do FeCCI 2022: Julie Dorrico, Kujaesage Kaiabi, Olinda Tupinambá, Priscila Tapajowara e Renata Aratykyra. 

 

O FeCCI Lab é um laboratório de desenvolvimento de filmes que proporcionará a realizadores de origem indígena a oportunidade de aprimorar seus projetos com o apoio de profissionais da Associação Cultural de Realizadores Indígenas (ASCURI).

 

Além da mentoria online, os selecionados terão os custos cobertos para participar presencialmente dos dois dias do FeCCI Lab, em Brasília (DF). Os filmes selecionados no laboratório vão compor a programação da Mostra Paralela do FeCCI, em dezembro. Além da mentoria individual, cada projeto receberá uma premiação no valor de R$ 3 mil como incentivo financeiro para o realizador.

 

Conheça os projetos selecionados: 

 

Afluências

 

Direção, roteiro e produção: Iasmin Soares

 

Filme documentário que mostra como o fio da colonialidade do poder afetou e afeta a vida de mulheres indígenas em retomada que vivem em João Pessoa (PB). Com vários relatos das personagens e muita poesia, o filme é construído para que quem estiver assistindo entenda como a colonialidade interferiu na afetividade e sexualidade dessas mulheres.

 

Terra sem Pecado – Transversal

 

Direção: Marcelo Cuhexê Krahô

 

Documentário que dá continuidade à abordagem em torno da diversidade de gênero entre os indígenas do Brasil, a partir de depoimentos e vivências de três indígenas transexuais/travestis de povos diferentes. O filme aborda também os sofrimentos psicológicos e afetivos decorrentes da fragmentação de suas identidades, evidenciando os preconceitos e as violências advindas do processo de colonização eurocêntrico e o reforço de ideologias opressoras atuais.

 

Oré Payayá

 

Direção: Edilene Payayá, Sarah Goes da Silva, Alejandro Zywica

 

O documentário conta a história do povo Payayá, desde suas origens ancestrais até o seu presente de lutas e desafios, passando pelos tempos da diáspora. Os Payayá, originários do interior da Bahia, foram considerados extintos durante séculos e a sua história foi esquecida e desprezada pela versão oficial da história, contada pelos colonizadores. Porém, os descendentes desse bravo povo guerreiro lutam pela afirmação da sua identidade e a retomada dos seus princípios étnicos. Havendo reconquistado de forma pacífica parte do antigo território nas imediações da Cabeceira do Rio Utinga, o povo Payayá vive determinado na luta para subsistir como tal, unido pela cultura ancestral, buscando valorizar os recursos naturais e a vida na Chapada Diamantina e no planeta Terra.