Nesta quarta-feira (07/12), seguimos com uma programação incrível de filmes de nossas mostras Paralela e Competitiva. Além disso, às 10h, teremos mais uma Mostra Inclusiva com a exibição de 4 filmes maravilhosos.
À noite, temos como destaque o filme “As Hiper Mulheres”, de Takumã Kuikuro, Leonardo Sette, Carlos Fausto, ganhador de prêmios como: Prêmio de Melhor Longa-metragem Documentário no Festcine Goiânia 2011 e no Hollywood Brazilian Film Festival 2012, Prêmio Al Jazeera de Melhor Documentário no Vancouver Latin American Film Festival 2012 e Candango de Melhor Som no 44° Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.
10h – Mostra Inclusiva
Nesta quarta-feira (07/12), começamos nosso dia de atividades às 10h com nossa Mostra Inclusiva que contará com a exibição de quatro filmes com legendas para surdos e ensurdecidos, audiodescrição e LIBRAS, são eles:
Música é Arma de Luta (Mostra Paralela)
NIWE BAI ~ caminhos do vento (Mostra Paralela)
Nossos Espíritos Seguem Chegando – Nhe’ẽ kuery jogueru teri (Mostra Competitiva)
Ga vī: a voz do barro (Mostra Competitiva)
14h – Mostra Paralela
A partir das 14h, teremos a exibição de “Tuã Ingugu (Olhos d’Água)”, de Daniela Thomas. Confira um pouco sobre o filme:
Na cosmogonia dos Kalapalo, etnia que vive no Parque Indígena do Xingu, a água é tão antiga quanto os humanos e é a fonte da vida. É dali que vem todo o sustento dos originários, seu alimento, sua bebida, seu banho, sua alegria. A ideia de usar a água como lixeira, de envenenar a água, é uma distopia. Em Tuã Ingugu (Olhos D’Água) o cacique Faremá – da aldeia Caramujo, nas margens do rio Kuluene – nos conta sobre o nascimento da água e nos adverte sobre as consequências de desrespeitá-la.
Após a exibição do curta-metragem “Tuã Ingugu (Olhos d’Água)”, de Daniela Thomas, teremos na sequência “Por onde anda Makunaíma?”, dirigido por Rodrigo Séllos.
Por onde anda Makunaíma?” faz um resgate histórico e cultural daquele que é o personagem ficcional mais identificado com um certo jeito de ser brasileiro. Com depoimentos em português, alemão, espanhol, macuxi e taurepang, o filme retorna a esse personagem que já nasce múltiplo e segue contemporâneo.
16h – Mostra Paralela
Em nossa sessão das 16h, exibiremos filmes com classificação livre e que abordam a musicalidade dos povos indígenas.
“Rituais povo indígena Enawenê-nawê”, de Iholalare Wayali Enawenê-nawê
O curta retrata a cultura do povo Enawenê-Nawê, e sua relação com a espiritualidade, mostrando alguns de seus rituais sagrados, sendo eles o Iyãokwa e o Kateoko. No ritual Iyãokwa participam somente os homens, e é realizado para manter os espíritos ruins longe do nosso povo, um dos principais fatos sobre este ritual é que ele determina quando e onde iremos plantar as novas roças. Kateoko é ritual que tanto homem quanto mulher pode participar, e todo ritual é realizado para os espíritos celestiais e subterrâneos, fiquem felizes com nosso povo.
“NIWE BAI ~ caminhos do vento”, de Lucas Canavarro e Nana Orlandi
O filme aborda a pluralidade das cosmopercepções da música para os povos originários, a partir da perspectiva de diversos artistas e pensadores indígenas e não-indígenas.
“Música é Arma de Luta”, de Idjahure Kadiwel, Lucas Canavarro, Nana Orlando e Carou Trebitsch
Documentário sobre a Luta Pela Vida, a maior mobilização indígena da história do Brasil, ocorrida entre 22 a 28 de agosto de 2021, que enfoca a importância dos cantos, dos rezos e da musicalidade dos povos indígenas em sua resistência contra os ataques e violações de seus direitos originários.
18h – Roda de conversa “Música: a cura da alma”
Logo após, teremos a roda de conversa “Música: a cura da alma” com a participação de Kalawaka Kuikuro, Diogo Juruna, Kiki Kaiowá, Dayara Tucano e Heloisa Araújo.
Mediação: Gilmar Kiripuku Galache. A roda vai abordar os sentidos e cosmoperceções da música para os povos originários.
20h – Mostra Convidados
As Hiper Mulheres, de Takumã Kuikuro, Leonardo Sette e Fausto Carlos
Brasil | 2012 | 79 min | Documentário
Classificação indicativa: 12 anos
Temendo a morte da esposa idosa, um velho pede que seu sobrinho realize o Jamurikumalu, o maior ritual feminino do Alto Xingu (MT), para que ela possa cantar uma última vez. As mulheres do grupo começam os ensaios enquanto a única cantora que de fato sabe todas as músicas se encontra gravemente doente.
21h20 – Roda de Conversa “As Hiper Mulheres: 10 anos de trajetória”
Após a exibição do filme, será realizada a Roda de Conversa “As Hiper Mulheres: 10 anos de trajetória”, com a participação dos cineastaas Takumã Kuikuro e Vincent Carelli.