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Experiência Indígena Pngati Guarani Kaiowá

Sinopse:

Parte de um projeto para a documentação de ações de proteção e uso sustentável dos recursos naturais das terras indígenas, o filme retrata a experiência de uma comunidade guarani-kaiowá no enfrentamento a doenças e à pandemia de Covid-19, com o auxílio de rezas, ervas e plantas tradicionais do território.

Direção de: Michele Kaiowá

Formada em Direção pela Escola de Cinema Darcy Ribeiro, ela pertence ao povo guarani kaiowá. Seu trabalho visa criar estratégias de resistência e existência para os povos indígenas do Mato Grosso do Sul (MS), fortalecendo a luta pelo território tradicional e pela democracia midiática. Participou do projeto Nhemongueta Kunhã Mbarete, trocas de vídeo-cartas com Graci Guarani, Michele Kaiowá e Patrícia Ferreira, Sophia Pinheiro, que foi comissionado pelo Instituto Moreira Salles durante a pandemia de Covid-19.

Duração: 12 min

Afluências

Sinopse:

Afluências nasce de uma pesquisa da diretora Iasmin Soares sobre afetividade e sexualidade de mulheres indígenas em retomada. O documentário é guiado por três histórias de mulheres indígenas em retomada, com locuções, poesia, e muitas emoções. Filme selecionado para o FeCCI Lab e finalizado durante o laboratório.

Direção de: Iasmin Soares

Iasmin Soares, mulher indígena em retomada da cidade de Santa Rita - PB. É jornalista formada pela Universidade Federal da Paraíba, realizadora audiovisual, pesquisadora de afetividade e sexualidade de mulheres não brancas, produtora de conteúdo e apaixonada por contar histórias.

Duração: 15 min

Autodemarcação Já!

Sinopse:

Guiado pela forca ancestral de Karo Sakaybu, o maior guerreiro e criador do rio Tapajós e do povo Munduruku, o cacique Juarez denuncia as ameaças de vida pelas invasões de madeireiros e garimpeiros no território Sawré Muybu, ao mesmo tempo que une o seu povo na luta pela demarcação do território. As mulheres Munduruku são uma das principais forças nesta luta e encaram com coragem seus inimigos seja no território, nas ruas ou no Congresso. A autodemarcação passa a ser o único caminho, após a terra indígena ser reconhecida, mas não haver nenhuma ação do governo para demarcar ou coibir as invasões. “Porque nós não demarcarmos, já que a terra é nossa?”. A autodemarcação é cheia de desafios e confrontos, mas as guerreiras Munduruku estão na frente desta luta e expulsam seus invasores com coragem eresistência. Sawé!

Direção de: Aldira Akai Munduruku, Beka Saw Munduruku e Rilcelia Akay Munduruku | Coletivo Audiovisual Daje Kapap Eypi

Nós, o Coletivo Audiovisual Daje Kapap Eypi, somos jovens mulheres indígenas do povo Munduruku, realizadoras de filmes, áudios e vídeos que têm por objetivo registrar e divulgar as constantes invasões por madeireiros e garimpeiros ilegais em nosso território, TI Sawré Muybu, localizado às margens do rio Tapajós, Pará. O coletivo é chamado “Daje Kapap Eypi”, que significa “a passagem dos porcos”, por ser uma alusão a um lugar sagrado para o povo Munduruku. O nosso trabalho, portanto, tem o objetivo duplo de defender a nossa terra e de garantir a sobrevivência de nossos valores ancestrais, para a nossa geração e para os que ainda não nasceram.

Duração: 8 min

Terra sem Pecado

Sinopse:

Documentário curta-metragem que dá continuidade à abordagem em torno da diversidade de gênero entre os indígenas do Brasil, a partir de depoimentos e vivências de três indígenas transexuaistravestis de povos diferentes. O filme aborda também os sofrimentos psicológicos e afetivos decorrentes da fragmentação de suas identidades, evidenciando os preconceitos e as violências advindos do processo de colonização eurocêntrico e o reforço de ideologias opressoras atuais.

Direção de: Marcelo Cuhexê Krahô

Jornalista, cineasta maranhense, ativista indígena Krahô, vive em Brasília há 20 anos, onde atua em diversas organizações da sociedade civil, pelo respeito aos direitos dos povos originários, à Mãe Terra, à laicidade do Estado e liberdade tradicional e religiosa. Diretor do documentário "Terra Sem Pecado", que aborda a diversidade de gênero entre os indígenas do Brasil.

Duração: 15 min

SŪKŪJULA TEI (Histórias de minha mãe)

Sinopse:

Durante uma visita a sua irmã Amaliata, Rosa, uma sábia mulher Wayuu, ensina aos netos de Amaliata a importância da reciprocidade dentro de sua cultura.

Direção de: David Hernández Palmar

David Hernández Palmar | Wayuu, Clã IIPUANA, Venezuela | é um cineasta, curador independente e programador de cinema com reconhecida experiência na região da América Latina. É também fotógrafo, jornalista, pesquisador e produtor de diversas obras audiovisuais que retrataram o mundo Wayuu. Ele tem co-dirigido filmes como: “Owners of The Water”, “Wounmainkat”. Com o curta-metragem “The Foreign Body”, estréia mundial em competição no Festival Internacional de Cinema de Toronto TIFF e vencedor do primeiro prêmio no FICMAYAB (13º Festival Internacional de Cinema e Comunicação dos Povos Indígenas), ele começou sua carreira como produtor de cinema. Atualmente é o produtor executivo do longa-metragem equatoriano “Semillas de Lucha” de Kvrvf Nawel | Mapuche, Argentina, que foi estreado no Festival Internacional de Cinema de Cartagena de Índias – FICCI60; produtor de “Um filho”, primeiro longa-metragem em desenvolvimento pelo cineasta venezuelano Héctor Silva Núñez; produtor de “O crepúsculo da Amazônia”, documentário em produção de Álvaro Sarmiento e Diego Sarmiento | Quechua, Peru); produtor de “Suggunya 1698. The key to Darién”, um documentário de longa-metragem em desenvolvimento por Olowaili Green | Guna Dule, Colômbia e David Sierra; co-diretor com Marbel Vanegas | Wayuu Jusayu, Colômbia, de “Searching for the marks of the Asho’ojushi”, um documentário de longa-metragem em desenvolvimento.

Duração: 8 min

Rituais do povo indígena Enawenê-nawê

Sinopse:

O curta retrata a cultura do povo Enawenê Nawê e sua relação com a espiritualidade, mostrando alguns de seus rituais sagrados, sendo eles o Iyãokwa e o Kateoko. “No ritual Iyãokwa somente os homens participam. Ele é realizado para manter os espíritos ruins longe do nosso povo, um dos principais fatos sobre este ritual é que ele determina quando e onde iremos plantar as novas roças. Kateoko é um ritual que tanto os homens quanto as mulheres podem participar. Todo ritual é realizado para que os espíritos celestiais e subterrâneos fiquem felizes com nosso povo”, diz Iholalare Wayali Enawenê-nawê, realizador do filme.

Direção de: Iholalare Wayali Enawenê-nawê

Duração: 10 min

Por onde anda Makunaíma

Sinopse:

Por onde anda Makunaíma?” faz um resgate histórico e cultural daquele que é o personagem ficcional mais identificado com um certo jeito de ser brasileiro. Com depoimentos em português, alemão, espanhol, macuxi e taurepang, o filme retorna a esse personagem que já nasce múltiplo e segue contemporâneo.

Direção de: Rodrigo Séllos

Duração: 84 min

Orê Payayá

Sinopse:

O documentário conta a história do povo Payayá, desde suas origens ancestrais até o seu presente de lutas e desafios, passando pelos tempos da diáspora. Os Payayá, originários do interior da Bahia foram considerados extintos durante séculos e a sua história foi esquecida e desprezada pela versão oficial da história, contada pelos colonizadores. Porém os descendentes desse bravo povo guerreiro lutam pela afirmação da sua identidade e a retomada dos seus princípios étnicos. Havendo reconquistado de forma pacífica parte do antigo território nas imediações da Cabeceira do Rio Utinga, o povo Payayá vive determinado na luta para subsistir como tal, unido pela cultura ancestral, buscando valorizar os recursos naturais e a vida na Chapada Diamantina e no planeta Terra.

Direção de: Edilene Payayá, Sarah Goes da Silva, Alejandro Zywica

Duração: 12 min

Os espíritos só entendem o nosso idioma

Sinopse:

Apenas seis anciões da população Manoki na Amazônia brasileira ainda falam o idioma indígena, um risco iminente de perderem o meio pelo qual se comunicam com seus espíritos. Apesar desse ser um assunto difícil, os mais jovens decidem narrar em imagens e palavras a sua versão dessa longa história de relações com os não indígenas, falando sobre as suas dores, desafios e desejos. Apesar de todas dificuldades do contexto atual, a luta e a esperança ecoam em várias dimensões do curta-metragem, indicando que “a língua manoki viverá!”

Direção de: Cileuza Jemjusi, Robert Tamuxi e Valdeilson Jolasi | Realização: Coletivo Ijã Mytyli de Cinema Manoki e Myky / LISA-USP

Todos os três diretores são jovens lideranças da aldeia Paredão, do povo indígena Manoki, integrantes do Coletivo Ijã Mytyli de Cinema Manoki e Myky, e este é seu trabalho de estreia. O Coletivo Ijã Mytyli de Cinema Manoki e Myky reúne jovens realizadores dos povos indígenas Manoki e Myky, do Mato Grosso. Ijã em nossa língua significa tanto história como caminho. Toda história atravessa um caminho, que deve ser percorrido com cuidado e atenção para que ninguém se perca, e todo caminho conta uma história, que deve ser narrada de forma bela e escutada com respeito. Mytyli ou Myty’i em nossa língua significa novo ou jovem: uma outra forma de se contar histórias e se traçar caminhos feita em sua maioria por jovens, através de uma ferramenta de comunicação que é o cinema guiado pela trajetória de nossos ancestrais.

Duração: 5 min

O verbo se fez carne

Sinopse:

A invasão dos europeus em Abya Yala nos deixou cicatrizes. Ziel Karapotó utiliza seu corpo para denunciar cinco séculos de colonização.

Direção de: Ziel Karapotó

Ziel Karapoto é originário da comunidade Terra Nova em Alagoas. Ele trabalha no campo das artes visuais, performance e instalação e acredita na arte indígena como resistência anticolonial. Atua como arte-educador. “O verbo se fez carne” é seu filme de estreia.

Duração: 7 min