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As palavras encantadas dos Hupd’äh da Amazônia

Sinopse:

“A humanidade é a natureza”, pensam os Hupd’äh. Na cosmologia desse povo, uma das duzentas e dez etnias indígenas do Brasil, não há uma separação entre o mineral, animal, vegetal e natureza humana. As músicas e as palavras têm poderes transformadores, muitas vezes incompreensíveis para as sociedades ocidentais. O filme foi produzido a partir do acervo etnográfico do etnólogo Renato Athias, com textos, filmes, fotografias e músicas reunidos na década de 1980. Este filme dá a voz também aqueles que o pesquisador chama de seus mestres, seus colaborares de pesquisa: Bihit, Casimiro e Mehtíw, chefes de clãs Hupd’äh que vivem na zona interfluvial dos rios Papuri e Tiquié da bacia hidrográfica do rio Uaupés, no noroeste da Amazonia brasileira. O filme oferece novos caminhos para a reflexão sobre as relações entre humanos e não humanos Com a participação dos Hupd’äh Bihit, Casi, Mehtíw (in memoriam)

Direção de: Mina Rad

Mina Rad é documentarista e produtora, que faz filmes sobre antropólogos e cineastas. Para Mina Rad “fazer documentários é uma restituição do nosso patrimônio cultural, uma forma de olhar o universo e seguir o caminho da identidade cultural no mundo”. Seu primeiro filme, For Me the Sun Never Sets, ganhou o prêmio de melhor documentário no Festival Verity no Irã em 2012. Este filme recebeu menção especial do júri “pelo calor e simplicidade para narrar uma história profunda”. Mina Rad dirige o Festival AprèsVaran nos passos de Jean Rouch desde 2014.

Duração: 52 min

A Serra do Roncador ao Poente

Sinopse:

Vencedor do prêmio Jean Rouch de melhor filme etnográfico no IV Festival Internacional do Filme Etnográfico do Pará (FIFEP). A Serra do Roncador ao Poente narra o mito original dos índigenas Xavante que habitam o centro-oeste do Brasil. O protagonista é Diogo Juruna que nos conduz por sítios onde registros rupestres dos clãs Xavante resistem na atualidade. As pinturas materializam os espíritos que defendem quando a “civilização” se volta, outra vez, contra eles e as suas terras. O comovente episódio da morte do coronel Pimentel Barbosa, ocorrido em 1941, é contado pelos Xavante. A língua e a terra consolidam a importância da cultura e a postura guerreira dos rituais de coragem e firmeza.

Direção de: Armando Lacerda

Natural do Rio de Janeiro, Armando Lacerda, ingressou na Universidade de Brasília em 1971, onde se graduou em Comunicação – Jornalismo, Cinema e Televisão. Dirigiu e produziu filmes de curta e longa-metragem. Juruna, o Espírito da Floresta, recebeu o prêmio Margarida de Prata da CNBB (2008) e o de melhor documentário internacional do Festival de Viña Del Mar, no Chile, em 2010. Realizou ainda O Futuro e Eu – Tributo a Vladimir Maiakovski e Oscar Niemeyer (1998); Taguatinga em Pé de Guerra (1982) e Janela Para os Pirineus (1996), ambos premiados pelo Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Foi produtor de O Evangelho Segundo Teotônio (1984), dirigido por Vladimir Carvalho, e diretor de produção de Céu Aberto (1985), dirigido por João Batista de Andrade. Entre 1996 a 2003, foi diretor da TV Câmara.

Duração: 63 min

Amazônia Sociedade Anônima

Sinopse:

Diante do fracasso do governo brasileiro em proteger a Amazônia, índios e ribeirinhos, em uma união inédita liderada pelo Cacique Juarez Saw Munduruku, enfrentam máfias de roubo de terras e desmatamento ilegal para salvar a floresta.

Direção de: Estevão Ciavatta

Estevão Ciavatta é diretor, roteirista e produtor. Ele é sócio-fundador da Pindorama Filmes, a primeira empresa brasileira Carbono Neutro na indústria do cinema/ TV e referência em questões sociais e ambientais. Ciavatta escreveu e dirigiu dezenas de programas de televisão, incluindo os premiados BRASIL LEGAL e CENTRAL DA PERIFERIA, além dos premiados filmes NELSON SARGENTO e PROGRAMA CASÉ. Para a HBO, criou, dirigiu e produziu as séries PREAMAR, seleção oficial no Festival de Biarritz, e SANTOS DUMONT (ainda inédita). Estevão também liderou a campanha de crowdfunding "DáPé", uma das 10 maiores do Brasil, que mobilizou 7 milhões de pessoas para plantar 36 mil árvores.

Duração: 72 min

Amazônia, a Nova Minamata?

Sinopse:

Lideranças Munduruku, como Alessandra Korap, percebendo que há algo errado com a saúde de seu povo, convidam médicos e pesquisadores para investigar se eles estão contaminados por mercúrio. O neurologista Erik Jennings e pesquisadores da Fiocruz fazem um diagnóstico e revelam os altos índices de contaminação por este metal pesado, tradicionalmente associado à atividade garimpeira de ouro e à destruição da floresta. Mas os médicos enfrentam resistência dos garimpeiros e até do governo brasileiro para poder apresentar os resultados aos Mundurukus. A história de Minamata, no Japão, foi marcada pela população que sofreu sequelas seríssimas no sistema nervoso central, levando muitos à morte e à geração de crianças com má formação congênita. Uma mensagem de luta e esperança é enviada do Japão para a população amazônica. Alessandra e as lideranças Mundurukus enfrentam as ameaças dos garimpeiros, incluindo outros indígenas, e se organizam para combater as fontes dessa contaminação, garantir a saúde de seus filhos e preservar a floresta.

Direção de: Jorge Bodanzky

Jorge Bodanzky nasceu em São Paulo em 1942. Diretor, roteirista e fotógrafo, é formado em cinema pela Escola de Design de Ulm, na Alemanha. Iniciou sua carreira como fotógrafo, atuando em diversos órgãos da imprensa, entre eles a revista Realidade e o Jornal da Tarde. Sua estreia como diretor de cinema foi com Iracema - Uma Transa Amazônica (1976, 36ª Mostra). Dirigiu os longas-metragens Os Mucker (1978, 2ª Mostra), Jari (1980), O Terceiro Milênio (1982), Igreja dos Oprimidos (1986), Navegar Amazônia (2006, 30ª Mostra), Pandemonium (2010) e No Meio do Rio, Entre as Árvores (2010).

Duração: 70 min

A Mãe de Todas as Lutas

Sinopse:

Uma narrativa que recorre à memória para vislumbrar um futuro de mudanças sob a ótica feminina. O filme acompanha a trajetória de Shirley Krenak e Maria Zelzuita, mulheres que estão na frente da luta pela terra no Brasil. Shirley traz a missão de honrar as mulheres e a sabedoria das Guerreiras Krenak, da região de Minas Gerais. Maria Zelzuita é uma das sobreviventes do Massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará, e suas trajetórias nos ligam ao conceito da violência e apropriação do corpo feminino.

Direção de: Susanna Lira

Duração: 84 min

A Última Floresta

Sinopse:

Em um grupo Yanomami isolado na Amazônia, o xamã Davi Kopenawa tenta manter vivos os espíritos da floresta e as tradições, enquanto a chegada de garimpeiros traz morte e doenças para a comunidade. Os jovens ficam encantados com os bens trazidos pelos brancos; e Ehuana, que vê seu marido desaparecer, tenta entender o que aconteceu em seus sonhos.

Direção de: Luiz Bolognesi

Cineasta e roteirista premiado, formou-se em Jornalismo pela PUC São Paulo. Foi redator do jornal Folha de São Paulo e da TV Globo. Em 1996, escreveu e dirigiu o curta-metragem Pedro e o senhor. Em 1998, escreveu e codirigiu, com a cineasta Laís Bodanzky, o documentário Cine Mambembe, o cinema descobre o Brasil (1999), que ganhou o prêmio de melhor documentário no Festival de Havana, Gramado e Nova York. Escreveu o roteiro do longa-metragem Bicho de sete cabeças (2001), de Laís Bodanzky, e do documentário Bandeirantes, profissão perigo, além de diversos documentários para o canal National Geographic e para a TV Escola. Também escreveu e codirigiu o documentário A guerra dos paulistas, sobre a Revolução de 1932. Em 2005, escreveu o roteiro do documentário O mundo em duas voltas (2008), de David Schurmann, e do longa-metragem Chega de saudade, que recebeu o prêmio de melhor roteiro no 40º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, além de receber o prêmio de melhor filme pelo júri oficial no 14º Festival Internacional de Genebra, na Suíça. Em 2006, escreveu o roteiro do filme de animação Uma história de amor e fúria (2012), seu primeiro longa como diretor. Escreveu, em parceira com Marco Bechis, o filme Terra vermelha (2009), dirigido por Bechis, e selecionado para Festival de Veneza. Em 2018, lançou na seleção oficial do festival de Berlim o documentário Ex-pajé, que recebeu uma menção especial e ganhou o prêmio da crítica no Festival É Tudo Verdade.

Duração: 74 min