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1º Festival de Cinema e Cultura Indígena termina com cerimônia de premiação, confira os vencedores

O último fim de semana do festival contou com a exibição de filmes da Mostra Competitiva e cerimônia de premiação, em parceria com o Instituto Alok, ao fim deste domingo (12).

 

O 1º Festival de Cinema e Cultura Indígena chegou ao fim este fim de semana, mas não sem antes levar ao público uma seleção de 10 filmes que concorreram em sua mostra competitiva, são eles: “Ãjãí: o jogo de cabeça dos Myky e Manoki”; “Amary Otomo Ogopitsa: O Resgate da Memória Amary”; “A Tradicional Família Brasileira Katu”; “Ga vī: a voz do barro”; “Levante Pela Terra”; “Nossos Espíritos Seguem Chegando – Nhe’ẽ kuery jogueru Teri”; “Paola”; “Somos raízes”; “Um Só Ser – O Grande Encontro” e “Xixiá – mestre dos cânticos Fulni-ô”.

 

Os filmes foram selecionados por uma curadoria composta por cinco mulheres indígenas com vasta experiência na produção de obras audiovisuais: Julie Dorrico, Kujaesage Kaiabi, Olinda Tupinambá, Priscila Tapajowara e Renata Aratykyra.

 

Premiação

 

Após as três sessões de exibição da mostra competitiva, o júri composto por Graciela Guarani, Edgar Kanaykõ Xakriabá e Divino Tserewahú votou nas duas premiações do festival: o Prêmio Oficial FeCCI 2022, na categoria Melhor Filme pelo Júri Especializado e o Prêmio Lente Ancestral, em parceria com o Instituto Alok, nas categorias Melhor Direção, Melhor Roteiro e Melhor Fotografia. Além disso, o público também pode votar em seus filmes preferidos de forma presencial e online, na categoria Melhor Filme pelo Júri Popular.

 

O grande vencedor do Prêmio Oficial FeCCI 2022 na categoria Melhor Filme pelo Júri Especializado foi o curta-metragem “Nossos Espíritos Seguem Chegando – Nhe’ẽ kuery jogueru teri”, de Ariel Ortega (Kuaray Poty) e Bruno Huyer.

 

A história se passa na Tekoa Ko’ẽju, Pará Yxapy, e retrata uma mulher indígena Mbya Guarani que dedica os primeiros cuidados a seu filho ainda no ventre, e reflete, junto com seus parentes, acerca dos sentidos de sua gravidez em meio a pandemia de COVID-19 no Brasil.

 

Já o grande vencedor de Melhor Filme pelo Júri Popular foi “Amary Otomo Ogopitsa: o Resgate da Memória Amary”, dirigido por Kamukaiaka Lappa Yawalapiti. O filme resgata a história da etnia Amary, o qual foi um povo extinto há mais de um século no Alto Xingu. Atualmente, descendentes diretos desse povo estão resgatando sua identidade e recuperando sua história.

 

Nas categorias do Prêmio Lente Ancestral, promovido pelo Instituto Alok, a Melhor Direção foi concedida a “Ãjãí: o jogo de cabeça dos Myky e Manoki”, de Typju Myky e André Tupxi Lopes. Na categoria Melhor Roteiro, venceu o curta-metragem de animação “Ga vī: a voz do barro”, do Coletivo Juventude Indígena Kaingang Nẽn Ga, em parceria com COMIN e Tela Indígena. E o filme “Somos Raízes” levou a categoria de Melhor Fotografia, de Edivan Guajajara.

 

 

A cerimônia foi transmitida online pelo canal do FeCCI no Youtube. Clique aqui para assistir na íntegra. 

 

 

Encerramento do FeCCI 2022

 

O 1º Festival de Cinema e Cultura Indígena em Brasília aconteceu durante 10 dias, com uma intensa programação de exibição de filmes, masterclasses, rodas de conversa e apresentações culturais. Foram exibidos 45 filmes indígenas e de temáticas indígenas, sendo que todos os filmes da Mostra Competitiva e Paralela foram exibidos com legendas LSE, e quatro obras com audiodescrição e libras. O Festival contou com a presença de 20 realizadores dos filmes, que participaram de rodas de conversa com o público e um total de pelo menos 20 etnias representadas em tela e ao vivo.

 

 

Além da mostra presencial, o evento  contou com a exibição de filmes online do FeCCI pela plataforma play.innsaei.tv e transmissão ao vivo de debates e cerimônias no Youtube.